Apelidado de “indústria sem chaminés”, o setor do turismo é responsável pela geração de mais de 7,3 milhões de empregos no Brasil e já representa 8% do Produto Interno Bruto. É uma atividade que tem impacto em mais de 52 segmentos da economia, gerando demandas para o setor de serviços e também para a indústria.

Entretanto, a atividade tem potencial para se equiparar ao de nações como Portugal e Espanha, em que o setor representa 18% e 14% do PIB, respectivamente. A cada quatro turistas que chegam ao Brasil, um emprego está sendo gerado pela indústria do turismo.

Não há dúvida, portanto, de que o turismo deveria ser prioridade estratégica do País. Apesar de suas belezas naturais estonteantes, o Brasil ainda recebe um número de turistas estrangeiros muito aquém do esperado, em comparação a outros polos.

Segundo ranking de competitividade elaborado pelo World Economic Forum o País se posiciona em primeiro lugar no mundo por seus atrativos naturais e em oitavo, pela riqueza cultural. Nesse aspecto, Alagoas está muito bem servida, com seu litoral paradisíaco, suas manifestações culturais, sua culinária e a hospitalidade de seu povo.

Entretanto, o peso da atividade na economia nacional ainda não atingiu seu pleno potencial. Na avaliação do órgão, o Brasil tem recursos culturais “muito fortes”, que incluem desde patrimônios a eventos esportivos e de entretenimento, e desenvolveu uma estrutura turística relativamente boa, mas peca em vários outros quesitos, como carga tributária, segurança e mão de obra.

A consequência disso é o fato de o País ficar muito atrás de outros destinos turísticos em relação a número de visitantes. Países como Peru e Colômbia investem mais no turismo que o Brasil.

É preciso, pois, que o turismo seja visto como setor estratégico, até porque é o ramo que melhor se adapta à crise, pois se recupera rápido. É necessário ampliar a eficiência aeroportuária e fortalecer a marca Brasil no exterior, além de investir na qualificação da mão de obra. Há um grande potencial ainda a explorar.