Esfor�os pela paz
Começou ontem, no Rio de Janeiro, uma reunião para o enfrentamento da violência crescente das mais oportunas, uma vez que conta com a participação de representantes dos governos brasileiro e de outros países, bem como de organizações da sociedade civil.
Por | Edição do dia 17/03/2005 - Matéria atualizada em 17/03/2005 às 00h00
Começou ontem, no Rio de Janeiro, uma reunião para o enfrentamento da violência crescente das mais oportunas, uma vez que conta com a participação de representantes dos governos brasileiro e de outros países, bem como de organizações da sociedade civil. Todos interessados em discutir as medidas de controle da posse e do uso de armas por civis. As expectativas em relação a este evento são as melhores possíveis, até porque o seu principal objetivo é a identificação de alternativas para a formulação de ações e acordos conjuntos. Ao mesmo tempo, conforme anunciou, ontem, também, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o governo desenvolve esforços para recolher até julho, quando termina o novo prazo da Campanha de Desarmamento realizada em todo o País, para retirar de circulação pelo menos 500 mil armas de fogo. E acontece mais uma Campanha da Fraternidade promovida conjuntamente pelas igrejas cristãs dedicadas à promoção da paz. Desta feita, o movimento das igrejas contribui ainda mais para a vitória das lutas contra o banditismo, quando incentiva os diversos segmentos da nação para participarem do plebiscito sobre a comercialização de armas no Brasil, previsto para outubro próximo. E que será bem-sucedido, se outras instituições, inclusive públicas, somarem seus esforços aos das outras engajadas há vários anos ou mais recentemente nas mobilizações em defesa da vida. Em apenas um ano da Campanha de Desarmamento, 300 mil armas foram recolhidas pelos órgãos da área de segurança em todo o País. Mas faltam outras providências mais ousadas, e investimentos de fato adequados para a eliminação das dificuldades enfrentadas pelos organismos das áreas de segurança pública e direitos humanos a fim de que as leis, como a do Estatuto do Desarmamento, sirvam para produzir melhores resultados. Principalmente quanto ao comércio ilegal de armas e à utilização delas para tragédias como a ocorrida anteontem no bairro do Feitosa, em Maceió, quando houve dois assaltos a ônibus, próximo a um posto da Polícia Militar, que estava fechado, e em uma destas ocorrências foi morto um sargento da reserva da mesma corporação.