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Nº 5808
Opinião

Combate �s drogas

Humberto Martins * Num Estado com tantos e tão graves problemas a serem enfrentados, é difícil destacar um item que deva merecer atenção prioritária da administração pública e das parcelas da sociedade que têm alguma dose de responsabilidade na condução

Por | Edição do dia 05/04/2005 - Matéria atualizada em 05/04/2005 às 00h00

Humberto Martins * Num Estado com tantos e tão graves problemas a serem enfrentados, é difícil destacar um item que deva merecer atenção prioritária da administração pública e das parcelas da sociedade que têm alguma dose de responsabilidade na condução da coletividade. Mas, sem dúvida, um desses problemas é o combate aos tóxicos que ameaçam seriamente milhares de adolescentes e crianças. Como representam para os delinqüentes que manipulam sua produção e comércio, bilhões de reais, dispõem os traficantes de tóxicos de variado número de recursos, tais como o uso de estudantes para induzir colegas ao consumo, variado sistema de distribuição e outros instrumentos difíceis de serem contidos. Quando todos esses métodos de persuasão fracassam, usam a violência como intimidação. São incontáveis os casos graves de pessoas eliminadas porque denunciam o envolvimento de familiares com traficantes de drogas. Trata-se de questão mundial, que acontece nas nações desenvolvidas e nos países subdesenvolvidos, resistindo a sofisticados esquemas de combate. Em Alagoas, ocorre apreciável esforço para convencer os jovens a resistirem ao consumo de tóxicos. Sessenta escolas públicas estaduais e municipais e dez da rede particular de ensino já solicitaram aos representantes do Batalhão Escolar da Polícia Militar de Alagoas, PMAL, as atividades do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, Proerd, que tem como orientação a integração entre escola, família e polícia. Em 84% das ocorrências de violência, roubo e atos de perversão, há uma relação direta ou indireta com o consumo de drogas, revelam setores responsáveis pelo Proerd. Alguns dados importantes relacionados com esse louvável programa mantido pela PMAL: iniciado em 1995, cuida especificamente de crianças e adolescentes entre 09 e 14 anos, com temas que vão da auto-estima até como lidar com tensões, como dizer não às drogas, resistir aos apelos de colegas, desenvolvimento, civilidade, cidadania e outros temas. Programas idênticos ao Proerd existem em 66 países e é crescente sua aceitação. Quando alguns casos mais graves são constatados, o jovem envolvido é acompanhado por um profissional especializado no tratamento de pessoas envolvidas com drogas. O combate ao tóxico, que é um dos grandes males da humanidade nos nossos tempos, é tarefa de todos. A PM de Alagoas, através do Proerd, está fazendo sua parte. Combater as drogas é defender a vida. (*) É desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas

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