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Nº 5759
Opinião

COMPROMISSO INADIÁVEL .

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Por Editorial | Edição do dia 21/11/2023 - Matéria atualizada em 21/11/2023 às 04h00

De acordo com o Relatório Anual de Lacuna de Emissões 2023, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), as metas previstas no Acordo de Paris estão cada vez mais difíceis de serem alcançadas. Pelo acordo, seria necessário reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 42% até 2030, mas em vez de baixarem, as emissões aumentaram 1,2% entre 2021 e 2022.

De acordo com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, na prática os governos estão dobrando a produção de combustíveis fósseis e não é possível enfrentar a catástrofe climática sem combater sua causa raiz: a dependência de combustíveis fósseis.

De acordo com os cientistas climáticos da ONU e o relatório do IPCC, os países mais pobres serão os mais afetados pelas mudanças climáticas, uma vez que há a falta de recursos para planos de controle e a prevenção.

No final deste ano, os Emirados Árabes Unidos sediam a 28ª Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) – COP 28 –, e a expectativa é que mais ações concretas ocorram, em comparação com a COP 27, quando muitas negociações ficaram ainda no papel.

O Brasil é considerado indispensável nas discussões sobre o clima devido a importância da Floresta Amazônica e pelo fato de o país liderar várias iniciativas que contribuem para a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa.

O relatório pede aos governos que sejam mais transparentes com relação a planos e projeções relacionados à produção de combustíveis fósseis e ao alinhamento com as metas climáticas nacionais e internacionais.

É preciso que os países assumam compromissos confiáveis para aumentar as energias renováveis, eliminar gradualmente os combustíveis fósseis e aumentar a eficiência energética.

Estima-se que, se a temperatura média global subir 1,5°C até o final deste século, as mudanças climáticas podem custar cerca de US$ 54 trilhões. A questão econômica, portanto, se mostra um forte motivo para que os países, empresas e sociedades unam mais forças, tecnologias e financiamentos para enfrentar a crise climática global e sem precedentes.

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