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Nº 5790
Opinião

A revolução trazida pela IA na Saúde .

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Por Carlos Montandon - consultor Sênior de Biotecnologia e Saúde e Startup Hunter da Liga Ventures | Edição do dia 23/11/2023 - Matéria atualizada em 23/11/2023 às 04h00

A inteligência articial tem se estabelecido como uma força transformadora em diversos setores, e a área da saúde não é exceção. A capacidade da IA em processar grandes volumes de dados, identicar padrões complexos e tomar decisões baseadas em evidências está pavimentando o caminho para uma era de cuidados mais personalizados, ecientes e acessíveis, facilitando a transição de uma medicina reativa para uma preventiva.

No entanto, sua adoção também enfrenta desaos signicativos. Questões éticas e de privacidade, como a segurança dos dados do paciente e a tomada de decisões autônomas por máquinas, levantam preocupações legítimas. Devido a isso, a colaboração entre cientistas da computação, prossionais de saúde e reguladores é crucial para garantir que a IA seja usada de forma responsável e benéca para a sociedade.

Além disso, investir em uma infraestrutura de TI sólida, conjuntos de dados de qualidade, capacitação em IA para quem trabalha na área e regulamentação apropriada são passos para assegurar que essa tendência se desenvolva da maneira correta.

No cenário brasileiro, temos testemunhado um aumento notável na aplicação e adoção dessas tecnologias inovadoras. Por possuirmos um sistema de saúde diversicado e desaador, a IA tem emergido como uma ferramenta valiosa para enfrentar questões como acesso desigual a cuidados médicos e escassez de prossionais.

Este crescimento pode ser evidenciado no relatório “O impacto e o futuro da Inteligência Articial no Brasil”, elaborado pela Box 1824, agência de pesquisa de tendências em consumo, e a Abstartups (Associação Brasileira de Startups), que mostra que as startups relacionadas à IA no setor de saúde e biotecnologia estão se destacando no país em comparação com outros segmentos.

Essa revolução trazida pela IA pode ser observada no campo do diagnóstico e detecção de doenças, por exemplo, por meio de avançados algoritmos e machine learning, o que oferece um novo paradigma na identicação precoce e precisa de uma ampla gama de condições médicas.

Além disso, a aplicação da inteligência artificial nesse mercado otimiza as operações ao inuenciar em processos como automação administrativa, agendamento e análise preditiva. Isso reduz o impacto de tarefas rotineiras sobre os prossionais, enquanto a análise de dados clínicos e epidemiológicos com ajuda da tecnologia melhora as decisões e intervenções preventivas.

As expectativas são de que iremos vivenciar uma transformação signicativa na forma como os cuidados médicos são prestados, administrados e aprimorados nos próximos tempos. E isso está moldando um futuro no qual a tecnologia não auxilia apenas quem atua no setor, mas também empodera os pacientes com informações mais acessíveis e abordagens de cuidados mais ecientes.

Desta forma, a IA está redenindo os limites da medicina em diversos aspectos. De acordo com a Accenture, empresa global de serviços profissionais, esse recurso promoverá uma economia de até US$150 bi por ano até 2026 na indústria médica dos EUA, sendo que essa economia representa 3% dos gastos totais com essa pauta no país.

No entanto, é importante ressaltar que a inteligência artificial não substitui a expertise e o julgamento dos prossionais qualificados, mas sim os capacita. Ela oferece um complemento valioso, poupando tempo e fornecendo informações que podem levar a diagnósticos mais assertivos e tratamentos mais ecazes. A IA está pavimentando o caminho para uma medicina mais proativa, personalizada e centrada no paciente.

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