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Nº 5759
Opinião

GARGALO .

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Por Editorial | Edição do dia 06/12/2023 - Matéria atualizada em 06/12/2023 às 04h00

Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2022, divulgados ontem pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostraram que o Brasil manteve o desempenho estável em matemática, leitura e ciências, mesmo sendo um dos países onde as escolas ficaram fechadas por mais tempo na pandemia. No entanto, menos de 50% dos alunos brasileiros conseguiram nível mínimo de aprendizado em matemática e ciências.

Esses resultados são preocupantes, pois indicam que o ensino no Brasil ainda é deficiente. Um dos motivos para essa deficiência é a falta de investimento na educação. O Brasil investe apenas 6% do seu PIB em educação, enquanto a média dos países da OCDE é de 10%.

Outro motivo é a desigualdade social. Os alunos de famílias mais pobres têm menos acesso à educação de qualidade. A pandemia de Covid-19 também agravou a situação do ensino no Brasil. O fechamento das escolas por longos períodos fez com que muitos alunos perdessem o aprendizado.

Para superar esses desafios, é preciso investir mais na educação, garantir a equidade no acesso e na permanência na escola e melhorar a formação dos professores.

Para especialistas, uma das grandes fragilidades brasileiras no ensino de matemática é falta de valorização dos docentes. “O grande calcanhar de Aquiles é a formação e a valorização do professor”, diz. O conhecimento da disciplina é muitas vezes um conteúdo desafiador para se trazer para uma realidade concreta, o que exige constante formação e aprimoramento dos professores, o que nem sempre ocorre.

Se houvesse o investimento adequado em educação, estruturando melhor as escolas, e profissionais com uma remuneração adequada e com processo contínuo de formação, o País subiria de degrau, em um primeiro momento, em um ciclo de 4,5 anos. Em dez anos, seria possível chegar a um patamar próximo ao de países da União Europeia.

O fato é que o Pisa traz dados preocupantes que apontam mais uma vez para a urgência de melhorar o quadro de matemática.

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