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Jaime Sautchuk * Em que país estaremos vivendo em 2022, ao comemorarmos o 200º aniversário da Independência? Na toada em que andamos, muito nos leva a pensar no pior. Megalópoles insuportáveis, gente empilhada em carros em meio ao caos, favelões e cortiços, poluição, racionamento de água e de energia, o crime organizado mandando mais do que os governos e por aí afora. A sinistrose tem razão de ser, convenhamos. Mas, se olharmos ao redor, há poucos países no planeta que gozam de condições tão favoráveis a um 2022 repleto de alegrias e de motivos para comemorar como o nosso. A começar pelo povo, que é o que de melhor temos (como bem diz a campanha oficial). Contamos com 20% da água potável e com o segundo maior território aproveitável do mundo, com enorme potencial de energia renovável, com outros recursos naturais, com sol para gerar vida o ano inteiro e muito mais. Resta saber se estamos atentos a isso. Ou seja, se a sociedade brasileira, em especial as elites, está mesmo disposta a usar esse potencial a favor da nação inteira. Se está disposta a fazer o Brasil crescer no ritmo que precisa e distribuir a riqueza que for produzida. O que se quer é um país que se desenvolva de modo inteligente. Que deixe de exportar minérios in natura e soja em grão. Que agregue valor a isso, gerando emprego e renda. Assisti, um dia desses, a uma palestra do ex-presidente do BNDES, Carlos Lessa. Gostei. Primeiro, pelo otimismo. Ele está longe de achar que marchamos para o cadafalso. Depois, por colocar o ser humano acima de tudo. Uma política econômica que não leve muito em conta o social, no Brasil, é fadada ao fracasso. Segundo Carlos Lessa, o caos urbano não será o que se apregoa. As grandes cidades brasileiras vão decrescer, ou pelo menos pararão de crescer, daqui até 2022. A população em geral crescerá bem lentamente e ficará nas cidades menores, para onde devem se voltar as atenções dos governantes. Outra questão é a da energia. O petróleo estará cada vez mais caro e mais raro. O Sol, os ventos e todas as formas renováveis de energia, em especial a da biomassa, são o caminho brasileiro. É preciso agir rapidamente, definindo o que consideramos energia renovável. A hidreletricidade ainda é, oficialmente, tida com renovável, apesar do impacto socioambiental. As formas renováveis de energia, em especial a da biomassa, seriam o caminho brasileiro. Precisamos agir com mais rapidez. E definir melhor alguns conceitos, como: o que é mesmo energia renovável? (*) É jornalista e escritor

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