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Nº 5759
Opinião

Metas a cumprir

O País chegou no século XXI com 50 milhões de pessoas sem ganharem o suficiente para a alimentação mínima necessária. E desses miseráveis totais, estão 22,5 milhões de crianças. E os profissionais liberais autônomos, com formação superior, representando,

Por | Edição do dia 02/05/2002 - Matéria atualizada em 02/05/2002 às 00h00

O País chegou no século XXI com 50 milhões de pessoas sem ganharem o suficiente para a alimentação mínima necessária. E desses miseráveis totais, estão 22,5 milhões de crianças. E os profissionais liberais autônomos, com formação superior, representando, de acordo com uma pesquisa do Datafolha, 57% dos brasileiros mais satisfeitos com o Real, seguidos dos assalariados sem registro (24%). Antes deste ano começar, 30% da população brasileira continuava vendo o desemprego como o maior de seus problemas. Treze por cento (13%) já temiam mais os efeitos da fome e da miséria. Também 44% desse mesmo segmento dos profissionais autônomos respondiam pelos residentes no Brasil otimistas com o futuro, e no rol dos mais pessimistas tínhamos 49% dos funcionários públicos, 40% dos empresários e 38% dos desempregados que desistiram de achar emprego. O quadro só poderia ser este diante das conseqüências resultantes da falta de prioridades para a retomada do nosso desenvolvimento. Da redução drástica dos investimentos na área social que chegou a 36% só no período de 1996 a 1999, ampliando a exclusão. A ponto de sermos hoje o País com a maior quantidade de pobres, em números totais, em toda a América Latina. Terminamos chegando no primeiro ano eleitoral do terceiro milênio com o Brasil conseguindo cumprir apenas nove dos 27 compromissos assumidos, com mais 60 países, para a infância a adolescência, nas áreas da saúde e da educação, na Cúpula Mundial da Infância, em 1990. Entre os desafios que precisam ser superados, estão os vergonhosos indicadores sociais. Os números que mostram boa parte da nossa população sendo mantida a baixo da chamada linha da pobreza. As deficiências admitidas pelo próprio ministro da Educação, Paulo Renato, no atendimento das crianças de 0 a 6 anos, em escolas ou creches, e a redução do analfabetismo adulto. Restam, ainda, outros, como os assustadores índices de mortalidade infantil existentes em muitos municípios, e das outras formas de violência que atingem as crianças e jovens, bem como os pais. Para citar apenas estes.

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