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Nº 5821
Opinião

Comunica��o

Dom José Carlos Melo, CM* A comunicação tem papel de relevância na sociedade como um todo. Comunicar-se é um meio necessário no que diz respeito ao progresso de uma sociedade. Já o papa João XXIII, hoje “beato”, falou com eloqüência em sua Encíclica “ P

Por | Edição do dia 22/05/2005 - Matéria atualizada em 22/05/2005 às 00h00

Dom José Carlos Melo, CM* A comunicação tem papel de relevância na sociedade como um todo. Comunicar-se é um meio necessário no que diz respeito ao progresso de uma sociedade. Já o papa João XXIII, hoje “beato”, falou com eloqüência em sua Encíclica “ Pacem in Terris” sobre o bem comum universal em que cada indivíduo e todos os povos têm o direito de participar. Precisamos estar carregados de esperança, acreditando nos projetos dos homens e ao mesmo tempo dando uma perspectiva cristã adequada, animados pela confiança de que haverá pessoas, na Igreja e nos meios de comunicação social, que estarão prontas a cooperar a fim de garantir que a promessa possa prevalecer sobre a ameaça e a comunicação sobre a alienação. Com todas as possibilidades que temos, sobretudo as que os meios de comunicação oferecem, como nos podemos permitir o luxo de pesquisas pessoais, que beneficiam apenas a nós próprios e não o próximo e que, por fim, não conduzem a Deus? Assim afirma Santo Agostinho: “Os nossos corações não encontram paz enquanto não repousam em Ti”. A verdadeira comunicação tem de estar empenhada com a verdade. Nosso saudoso papa João Paulo II em sua última mensagem por ocasião da 39ª Jornada Mundial das Comunicações apresentou um princípio ético e fundamental extraído da “Ética das comunicações, 21, onde afirma: “ A pessoa e a comunidade humanas são a finalidade e a medida do uso dos meios de comunicação social. A comunicação deveria realizar-se de pessoa a pessoa, para o desenvolvimento integral das mesmas”. Assim sendo, continua o papa retomando a “Pacem in Terris”do beato João XXIII: “São os comunicadores que devem em primeiro lugar colocar em prática nas suas vidas os valores e atitudes que são chamados a cultivar nos demais. Antes de tudo deve se incluir um autêntico compromisso com o bem comum, um bem que não se reduza aos estreitos interesses de um grupo particular ou nação, se não que acolha as necessidades e interesses de todos, o bem da família humana” Recentemente, o novo papa Bento XVI, na audiência de 23 de abril a quatro mil representantes dos meios de comunicação afirmava: “Para que os meios de comunicação social possam oferecer um serviço positivo ao bem comum, é necessária uma compreensão cada vez maior das perspectivas e das responsabilidades que comportam seu desenvolvimento ante as repercussões que têm para a consciência e a mentalidade dos indivíduos, assim como para a formação da opinião pública.” A comunicação é parceira indispensável da evangelização. A ela nossos agradecimentos. (*) É arcebispo metropolitano da cidade de Maceió.

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