loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
sábado, 15/03/2025 | Ano | Nº 5924
Maceió, AL
27° Tempo
Home > Opinião

Opinião

Renova��o e liturgia

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

Dom José Carlos Melo, CM * Em 4 de dezembro de 1963, o papa Paulo VI promulgava solenemente o primeiro documento do Concílio Ecumênico Vaticano II sobre a Renovação Litúrgica que recebeu o nome de Constituição “Sacrosanctum Concilium”. Foi o toque inicial do processo de renovação da Igreja preconizado por João XXIII. Na sessão solene daquele dia, contou com a extraordinária aprovação de 2.158 votos, com apenas quatro sufrágios negativos. Este ano, celebraremos o 43º aniversário da Constituição “Sacrosanctum Concilium”. Convocado por João XXIII, em 25 de janeiro de 1959 e concluído por seu sucessor Paulo VI em 07 de dezembro de 1965, o Concílio Ecumênico Vaticano II foi um especial Dom do Espírito santo à Igreja, “foi como uma pequena semente que depositamos com ânimo e mãos trêmulas”. A este respeito, afirma o próprio João XXIII na Bula “Humanae Salutis” de 25 de dezembro de 1961: “Diante deste duplo espetáculo: um mundo que revela um grave estado de indigência e a Igreja de Cristo, tão vibrante de vitalidade, nós, desde quando subimos ao Supremo Pontificado, não obstante nossa indignidade e por um desígnio da Providência, sentimos logo o urgente dever de conclamar os novos filhos para dar à Igreja a possibilidade de contribuir mais eficazmente na solução dos problemas da idade moderna”. Numa intuição profética, com segurança, conclui o Pontífice: “Por esse motivo, acolhendo como vinda do alto uma voz íntima de nosso espírito, julgamos estar maduro o tempo para oferecermos à Igreja Católica e ao mundo o Dom de um novo Concílio Ecumênico, em acréscimo e continuação à série dos vinte grandes Concílios, realizados ao longo dos séculos, como verdadeira providência eclesial para incremento da graça na alma dos fiéis e para o progresso cristão. A partir destas afirmações, podemos definir os objetivos do Concílio: 1º - “fomentar sempre mais a vida cristã entre os fiéis; 2º - acomodar melhor as necessidades de nossa época às instituições que são susceptíveis de mudanças”; 3º - “favorecer tudo o que possa contribuir para a união dos que crêem em Cristo”; 4º - “promover tudo o que conduz ao chamamento de todos ao seio da Igreja”. ( SCV 1/521). Na verdade, a liturgia, pela qual, sobretudo no divino Sacrifício Eucarístico, se exerce a obra de nossa Redenção, contribui de modo mais excelente para que os fiéis exprimam em suas vidas e manifestem aos outros o Mistério de Cristo e a genuína natureza da verdadeira Igreja. Nela, vive-se, celebra-se e anuncia-se aos outros o Mistério de Cristo. Para levar adiante sua obra, Cristo está presente em sua Igreja. (*) É arcebispo metropolitano de Maceió.

Relacionadas