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Nº 5759
Opinião

Redu��o da pobreza

Está prevista para amanhã, em Brasília, a assinatura da Carta de Intenções pelos representantes do governo brasileiro e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), visando à criação do Centro Internacional para Política de Redução da Pobr

Por | Edição do dia 05/05/2002 - Matéria atualizada em 05/05/2002 às 00h00

Está prevista para amanhã, em Brasília, a assinatura da Carta de Intenções pelos representantes do governo brasileiro e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), visando à criação do Centro Internacional para Política de Redução da Pobreza. O novo organismo será instalado no Rio de Janeiro. E o seu objetivo, conforme vem sendo anunciado, é estudar a pobreza e a desigualdade em todo o mundo e propor políticas de redução dessas mazelas. Dos mais antigos aos mais recentes estudos realizados por órgãos governamentais e não-governamentais nacionais e internacionais, o que mais existem são números relacionados ao crescimento das exclusões e suas conseqüências. E não poucos, divulgados nos últimos anos, têm colocado o País entre os piores do planeta em índices de desenvolvimento humano. Outros compromissos já foram firmados, especialmente nos dois mandatos de FHC, com as mesmas finalidades desse novo acordo. Eles ainda não foram suficientes para minimizar ou eliminar as causas de boa parte dos problemas que mais têm contribuído para o avanço do empobrecimento e da indigência no País. E não precisa ser especialista no assunto para saber que essas mazelas sociais são resultados da concentração de renda e do desemprego agravados pela política econômica imposta ao País. Em 1998, cerca de 826 milhões de pessoas já passavam fome em todo o mundo – 792 nos países em desenvolvimento e 34 milhões nas nações industrializadas. No ano seguinte, na Cúpula Mundial de Alimentação, em Roma, foi firmado um plano de reduzir esse número de famintos para 400 milhões. Em 2001, prorrogaram o prazo por mais 15 anos. É tempo bastante que os governantes devem usar com a preocupação cada vez maior de incluir como prioridade, entre suas metas, verdadeiras políticas públicas voltadas para a melhoria das condições de vida da maioria de suas populações. Só entre os brasileiros são mais de 20 milhões de seres humanos que esperam por esse dia. Que têm o direito de ser tratados como cidadãos. Antes de tudo.

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