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Academia Maceioense de Letras

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| LUIZ BARROSO FILHO * Uma das mais antigas entidades literárias em atividade no Estado, a Academia Maceioense de Letras está comemorando 50 anos de existência, com uma programação que se estenderá até o mês de dezembro e incluirá exposições, palestras, lançamentos de livros acadêmicos, edição da Revista do Jubileu de Ouro, além da criação da comenda Rodrigues de Gouveia, em homenagem ao conhecido jornalista alagoano, que liderou o movimento pró-fundação da “casa dos imortais” maceioenses. Fundada em 11 de agosto de 1955, por iniciativa de um grupo de intelectuais preocupados em desfazer o estigma de cidade violenta atribuído a Maceió, em virtude do conturbado momento político, a Academia Maceioense de Letras teve sua primeira diretoria constituída pelos acadêmicos Augusto Vaz Filho (presidente), Rodrigues de Gouveia, Jucá Santos, Manuel Cícero do Nascimento, entre outros, que iniciaram uma história que registra uma série de realizações valiosas para as letras e as artes alagoanas. Embora reconhecida de Utilidade Pública, conforme a Lei Estadual n° 2.353, de 21 de janeiro de 1961, e a Lei Municipal n° 962, de 5 de agosto de 1963, a instituição não recebe nenhuma subvenção oficial, sobrevivendo exclusivamente da contribuição dos sócios e da pertinácia do poeta Jucá Santos que a preside há vários mandatos com extremada dedicação. Funcionando em prédio alugado e com uma receita mensal que nem sempre é suficiente para cobrir as despesas, a Academia Maceioense de Letras, desde a sua criação, anseia por uma sede própria, cuja aquisição agora está dependendo da liberação da verba governamental já aprovada pela Assembléia Legislativa. No entanto, os entraves burocráticos estão adiando a concretização desse projeto, que possibilitará a AML sair da incômoda condição de não ter um endereço fixo. Apesar das dificuldades, neste ano do cinqüentenário, alguns integrantes do seu quadro de sócios já brindaram a comunidade alagoana, com os seguintes títulos: Grito do Nordeste (romance) e Caminhos que Levam à Ternura (poesia), de Maria da Puresa Amorim; Águas de Gravatá (memórias), de Djalma de Melo Carvalho; Antologia de Escritores Alagoanos (em verso e prosa), organizada por Uedison Nomeriano; Reflexão (poesia e crônica), de Tito Alencar; O Habitante de Sísifo II (ficção científica), de Yara Falcon e o CD Ver pra Crer, da compositora e poetisa Rosiane Rodrigues. Isso demonstra que a Academia Maceioense de Letras, mesmo padecendo da falta de ajuda, há 50 anos vem ajudando a escrever a história cultural de Alagoas. (*) É advogado e membro da AML.

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