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Efeitos do desemprego

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Os resultados preliminares da Amostra do Censo 2000, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que a falta de uma estrutura produtiva continua distanciando as populações do Norte e Nordeste do mercado de trabalho. Na ocasião do levantamento, o total de empregados nas duas regiões representava 58% do segmento de ocupados contra 75% no Sudeste. E a participação das pessoas que trabalham por conta própria era de 29,1% no Norte e 19,4% no Sudeste. De acordo com o IBGE, a informalidade do trabalho também ganha espaço nas áreas mais pobres do País, sendo que o Nordeste é a região que aparece com o maior índice de participação de emprego sem registro (48,4%), seguido pelo Norte (45,5%). Já o Sudeste se destaca como a região com o percentual mais baixo de trabalhadores sem carteira assinada (32%), quando a média do País é de 36,3%. A situação é ainda pior agora, com as indústrias fechando mais postos de trabalho e pagando menos. Só nos dois primeiros meses deste ano o número de pessoas empregadas no setor foi 1,9% menor em comparação a igual período do ano passado. Até no Sudeste, região que mais impacta o índice global do emprego, apresentou queda em todos os Estados. Os novos números do Censo 2000 são suficientes para reforçar as advertências dos especialistas em estudos nas áreas econômica e social em relação ao agravamento das desigualdades nos últimos anos no Brasil, principalmente a partir do primeiro mandato de FHC, a ponto de termos 8,2 milhões de crianças na faixa etária de 6 a 15 anos matriculadas no ensino fundamental, que são de 4,8 milhões de famílias com renda mensal abaixo de R$ 90,00. Há outros dados que devem ser levados em conta. Eles dizem respeito aos indicadores da mortalidade infantil e de outras mazelas decorrentes da miséria que tem empurrado uma maior quantidade de brasileiros para as ruas. Muitas delas se envolvendo com drogas ou sendo exploradas como mão-de-obra barata, ou vivendo da mendicância. Principalmente as crianças.

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