Opinião
CRB - Esporte pela p�tria forte

| José Sebastião Bastos * Tema altamente cívico que representa e consagra o perfil vencedor do glorioso alvirrubro da Pajuçara. O quase centenário Clube de Regatas Brasil, o CRB de hoje e o velho Cerrebê de ontem, fundado em 20 de setembro de 1912, com seus 93 anos de glórias para o futebol alagoano e nordestino. Quando da minha jovialidade morador do conhecido bairro operário do Bom Parto, arrabalde à época, um tanto silencioso, alterado apenas pelo movimento da então existente Fábrica Alexandria. Falava-se muito de futebol, mesmo porque lá no bairro do Mutange, já existia o atual Estádio Gustavo Paiva, local de jogos de futebol do Campeonato Alagoano, como também no Severiano Gomes em Pajuçara, tendo por esse motivo me despertado interesse para assistir tais partidas do esporte bretão. O tempo foi passando e ao concluir meu curso de Direito, em 1951, no ano seguinte era convocado para integrar o egrégio Tribunal de Justiça Desportivo, e, em seguida, assumir a presidência da outrora Federação Alagoana de Desportos, entidade eclética do desporto, hoje, Federação Alagoana de Futebol. É fato notório que em 1911, criou-se em Maceió uma associação denominada Clube Alagoano de Regatas, mas não prosperou o desejo de alguns rapazes, dentre os quais, Lafaiete Pacheco, Luis Amorim, Alexandre Nobre, Antônio Bessa e Celso Coelho, em vista da ausência de receita para o necessário investimento. Contudo, Lafaiete Pacheco, procurou Antônio Viana para lhe dizer da necessidade de se fundar um clube de regatas, na Pajuçara. Então, na residência de Antônio Viana, compareceram Lafaiete Pacheco, Antônio Viana de Souza, João Lins Albuquerque, Valdomiro Serva, Pedre Claudiano Duarte, Tenente Julião, Agostinho Monteiro, Francisco Azevedo Bahia e João Viana de Souza. Em dezembro de 1914 foi construído um pavilhão de barcos; em junho de 1916, introduziu-se o futebol no CRB; em dezembro de 1917, a construção de seu estádio. Na gestão do regatiano Ismael Accioly, em junho de 1919, o mesmo encaminhou carta ao historiador, compositor e poeta prof. Jayme de Altavila, no sentido de que o mesmo compusesse o Hino Marcha Oficial para o CRB. O prof. Jayme fez os versos e convidou o maestro José Tavares de Figueiredo que apresentou a música, cujo estribilho maravilhoso e entusiasta, ai está: Argonautas da esperança Vamos bem longe embalar Nosso sonho de Bonança Ao mar! Ao mar! (*) É vice-presidente da CBF e ex-presidente da FAF.