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Li��es n�o aprendidas

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| Ruyter Barcelos * Os partidos políticos deveriam ser uma reunião de pessoas com as mesmas crenças, ideais e objetivos, propagando caminhos possíveis, a fim de prosperar o bem comum. Na busca da senda pretendida, seriam aceitas divergências de pensamento em função da conjuntura vivida, mas não discrepâncias estruturais, correntes tão divergentes a ponto de sacrificar ou macular a premissa básica que congrega os cidadãos: o viver em sociedade. Deveria ser, mas não é. Da mesma forma, a Lei vigente, depois de interpretada pelos cidadãos responsáveis por sua execução, deveria ser cumprida na plenitude. Deveria ser, mas não é. O que se observa é a procura constante na forma de burlar os regulamentos, as normas, as leis. Uma sociedade que se acostumou a viver do “jeitinho”, em que a regra e a ordem existem para ser contornadas. Em ambos os casos, a distância entre o ser e o dever ser é abissal. No Congresso Nacional, as investigações das CPIs não produzem as provas contundentes, para incriminar os culpados, como se fosse fácil obter a materialidade no tráfico de influência ou na corrupção. Assim, as renúncias ao mandato começam a acontecer, as investigações serão conduzidas pelo Judiciário, arrastando-se por longos anos. Os denunciados obterão novos mandatos parlamentares e a conseqüente imunidade como sinônimo de impunidade. Quantos serão cassados? Por outro lado, as eleições no PT sinalizam a vitória do Campo Majoritário, na qual o deputado José Dirceu ratificará seu controle e, indiretamente o presidente Lula. Isso significa que os envolvidos nos escândalos investigados não serão punidos, haja vista que eram soldados e cumpriam ordens emanadas pelo “centralismo democrático” e, portanto, não há porque receber sanção alguma. Transformaram o PT na última linha de defesa ao pretendido ataque das elites. Então, nada irá mudar no maior partido de esquerda do País. O presidente da República estabeleceu sua trincheira nas massas populares do Norte e Nordeste do Brasil, buscando nas camadas menos esclarecidas da população a resistência e defesa de seu mandato, como quem admite o risco a um bem valioso. De fato, empurram a crise com a barriga, postergando as soluções até o próximo ano, quando se dará o grande embate eleitoral entre direita e esquerda. Todos se esquecem que nenhuma ideologia trouxe até agora a solução dos problemas básicos da sociedade brasileira. As lições não foram aprendidas e a democracia deixará de ser aperfeiçoada. (*) É empresário.

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