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Nº 5759
Opinião

Drogas na escola

“As drogas e a violência nunca  estiveram tão perto da escola como agora”, declarou Teresa Leitão, coordenadora de uma pesquisa sobre a rotina de 2.351 escolas públicas e particulares de 4a e 8a séries do ensino fundamental e do 3o ano do ensino médio de

Por | Edição do dia 11/05/2002 - Matéria atualizada em 11/05/2002 às 00h00

“As drogas e a violência nunca  estiveram tão perto da escola como agora”, declarou Teresa Leitão, coordenadora de uma pesquisa sobre a rotina de 2.351 escolas públicas e particulares de 4a e 8a séries do ensino fundamental e do 3o ano do ensino médio de todo o País. Ela baseou-se no próprio estudo, cujos dados foram divulgados nesta semana através do Jornal do Brasil. Através dele, foi constatado que 46,9% das agressões físicas e 71,2% das agressões verbais praticadas dentro e fora das salas de aula estão relacionadas a entorpecentes. E também o consumo de drogas já atingindo 32% e o tráfico 21,7% dos nossos estabelecimentos de ensino. O Rio Grande do Sul, Ceará, Paraíba e Pará estão destacados no ranking dos Estados onde o consumo ocasional de drogas dentro das escolas é maior. Os seus índices ficam entre 30% e 40% enquanto contra 20% no Rio e em Minas Gerais. Antes desta oportuníssima pesquisa da CNTE, que reúne 29 sindicatos dos professores e outros funcionários do setor educacional espalhados pelo País, o consumo e o tráfico de drogas eram apontados entre as principais causas do aumento da violência que vem atingindo a população jovem. Elas são inúmeras. Inclusive, as que têm contribuído para o aumento das drogas nas escolas e foram constatadas pelos pesquisadores da CNTE. Eles concluíram que fumar maconha ou consumir estimulantes químicos “quase sempre serve como fuga para compensar problemas com a família. E também como uma forma de os jovens e adolescentes atingirem alguma aceitação social no meio em que vivem”. A partir destes novos dados sobre a questão das drogas, toda a sociedade tem mais motivos para aumentar as suas preocupações. E exigir de seus dirigentes, bem como de seus representantes nas casas legislativas e das autoridades ligadas aos demais poderes, o reforço dos investimentos na área social, o aperfeiçoamento das leis e a sua efetiva aplicação. Os próprios pesquisadores, conforme consta da matéria com os dados do trabalho da CNTE, cobram dos poder público políticas mais agressivas no combate ao vício.

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