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Ser m�dico nos dias atuais

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| Milton Henio * Hoje é o dia do médico. A Academia Alagoana de Medicina sente-se feliz em participar das comemorações desse dia ao lado das outras entidades médicas do Estado, sob o comando do Conselho Regional de Medicina. O mundo da década de 50, do século passado, está cada vez mais longínquo, e a célere corrida, neste início de século, vem deixando marcas profundas, particularmente na área médica que enfrenta fantásticos desafios, traumatizantes até. Houve progressos notáveis nas ciências médicas; as doenças são cada vez mais detectadas por aparelhos ultramodernos, os micróbios combatidos com mais eficiência por antibióticos cada vez mais atuantes. Nos dias de hoje, face ao aumento vertiginoso da informação, o conhecimento universal e sábio deu lugar ao especialista cada vez mais dedicado ao seu ramo da medicina. Hoje, o órgão da saúde conhecido de todos nos é o SUS que atua junto à população e, a duras penas, oferece sua assistência médica que não é aquela que o povo quer ou merece receber. E o médico de hoje, salvo raríssimas exceções, perde-se em meio à luta pela vida, girando atordoado entre pacientes, hospitais, consultórios, reuniões científicas, restringindo freqüentemente sua vida pessoal e familiar. Os médicos estão aí, em número cada vez maior, espalhados por todo o Brasil, mas o que preocupa é que o número de doentes aumenta assustadoramente, fazendo com que ele corra para atender a todos sem ter o tempo suficiente de conversar com cada um como desejaria, promovendo a transferência do seu afeto tão importante para o bem-estar do paciente. O dia 18 de outubro é também dedicado a S. Lucas, o padroeiro dos médicos. Isso porque esse santo que também era um grande pintor, exerceu a medicina com muita dedicação 46 anos depois da morte de Cristo. Ele não conheceu pessoalmente Jesus, de tal forma que todos os seus evangelhos foram escritos através de narrativas que ele ouviu. Pela finura no trato, ganhou prestígio das autoridades romanas e assim visitava constantemente os presídios. Numa dessas visitas encontrou S. Paulo, o soldado romano convertido, e ficaram grandes amigos durante 11 anos até que a morte de Paulo decapitado o fez deixar Roma. S. Lucas sempre dizia “que a medicina é eterna, pois vive da dor e do sofrimento humano”. O grande clínico brasileiro Clementino Fraga, dizia: “Bem aventurados os que amam a medicina e fazem dela a razão de ser de suas vidas”. (*) É médico (il:[email protected]).

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