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sábado, 08/03/2025 | Ano | Nº 5919
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Perigo no caixa - Editorial

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Não é novidade o estado alagoano se sentir às portas da impossibilidade de honrar seus compromissos financeiros. Em vários momentos, esse portal foi ultrapassado, causando verdadeiras comoções sociais. A última vez que isso aconteceu, foi uma tragédia, que por pouco não explodiu em confronto armado. Hoje, a situação é bem diferente, bem menos grave, mas até pelos traumas do passado recente, qualquer ameaça de quebra no caixa e seus fluxos ordinários causa temores e sobressaltos de magnitude. Ontem, o governador em exercício despachou uma carta (pública) ao presidente da República explicando os riscos da situação e solicitando alternativas para o quadro alagoano que não seja o pagamento do percentual solicitado pelo tesouro nacional. Hoje, o poder executivo alagoano, com a presença e apoio de seu mais bem posicionado parlamentar (o presidente do Senado) da bancada federal, estarão em audiência com as mais expressivas autoridades da política econômica brasileira. Em pauta, essa situação dramática vivida por Alagoas. Mas qual a saída? Simplesmente não pagar nada do devido? Isso não é possível, nem é legal, e muito menos ético. A questão é como pagar, em quantas parcelas (correspondentes a qual percentual da receita mensal alagoana). Estados como Alagoas devem pagar suas dívidas, mas não podem deixar de fazer investimentos. Sem restaurar um mínimo de sua pujança econômica, nenhum estado vai poder continuar a pagar a conta devida da forma como estava acordado. O mais importante não é conseguir alívio para o aperto – é ter novo modelo de pagamento, no qual esteja preservada uma margem, mínima que seja, de recursos para investimentos. Sem isso, daqui a algum tempo, estaremos batendo, novamente, às portas de Brasília, com a cuia na mão.

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