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Nº 5759
Opinião

Ser m�e

| LYSETTE LYRA * Nunca foi tão difícil ser mãe! Elas hoje trabalham fora do lar, para ajudar na conquista do conforto e do bem-estar da família. Além disso, os casamentos são incertos, já que, com a autonomia financeira da mulher, viver a dois tornou-se

Por | Edição do dia 17/05/2006 - Matéria atualizada em 17/05/2006 às 00h00

| LYSETTE LYRA * Nunca foi tão difícil ser mãe! Elas hoje trabalham fora do lar, para ajudar na conquista do conforto e do bem-estar da família. Além disso, os casamentos são incertos, já que, com a autonomia financeira da mulher, viver a dois tornou-se bem mais complicado, a intolerância entre os casais é ainda mais incompatível. Para compensar a falta de maior assistência aos filhos, os pais procuram enchê-los de presentes e satisfazê-los em todas as vontades sem pensar que, às vezes, esse gesto de amor possa prejudicá-los. As tentações do mundo são imensas! O convite à corrupção espreita os pensamentos dos jovens, com uma força tentadora, nos caminhos da ambição do conforto e do luxo. As drogas, a violência inquietam os progenitores como fantasmas ameaçadores, para os quais, o amor não é uma arma suficiente. É necessário preparar os filhos para vivenciar o mundo de forma consciente e responsável. Em muitas ocasiões os pais erram por excesso de punições, por incompreensão e impaciência, ou por querer transferir para os filhos suas próprias frustrações, ou por desejar que sejam aquilo que não puderam conquistar, sem obedecer as suas reais aptidões. Os choques entre gerações, com a mudança brusca dos conceitos de comportamento, são outro entrave na formação dos filhos. Cria, às vezes, desajustes irreparáveis na personalidade dos mesmos. Orientá-los para a vida de hoje não é nada fácil. Ainda temos que encarar a índole natural da criança, que muitas vezes oferece obstáculos sérios para sua formação, e nem sempre os pais estão preparados para lidar com isto. Segundo o filósofo francês, Rousseau, o ser humano nasce sempre bom, o meio é que o modifica. Ser mãe não é um ato simples, inconseqüente, não. Implica numa grande responsabilidade. Não é ter o filho e largá-lo no mundo de qualquer jeito, como o fazem muitas mulheres da periferia da vida. Às vezes vendem o corpo sem a preocupação de usar preservativos, enchem-se de filhos sem pais e sem futuro, e os jogam nas ruas para esmolar usando a piedade humana, arriscando a vida das crianças no tráfego, explorando-as como simples objetos. Defendo o plano familiar com todo vigor, e o governo tem que levar a sério essa responsabilidade. Porque dar vida a seres sem nenhuma chance de futuro é aumentar a pobreza a qual, ele mesmo, não quer controlar. Se não houvesse tamanha desonestidade e desperdício no erário público, existiriam meios de amenizá-la. Estamos fartos de demagogia eleitoreira. Desde quando R$ 75,00 reais mensais dão para matar a fome de uma família? Este é o plano “Fome Zero”, cantado em verso e prosa nas propagandas da administração de Luiz Inácio Lula da Silva! (*) É escritora.

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