Opinião
Respostas j�! - Editorial

Alagoas estaria vivendo novamente uma guerra entre grupos de fora-da-lei? As evidentes ligações entre as vítimas de dois surpreendentes assassinatos o cometido dentro do presídio de segurança máxima e outro em plena avenida têm inquietado as autoridades e provocado temores adicionais à população já bastante atemorizada pela crescente onda de banditismo urbano. Suspeitas têm sido levantadas sobre os possíveis patrocinadores desses crimes. De certo, tem-se a escandalosa desfaçatez e ousadia dos responsáveis que não se intimidaram frente aos obstáculos, parecendo serem detentores da certeza da impunidade. Vinculados ou na mesma motivação, esses dois crimes têm em comum um profissionalismo mortal, frio, exato no ofício de tirar vidas. Nesses dois episódios fica evidente a permanência da letalidade dos pistoleiros dos tempos que já deveriam ter passado para a história. Esses episódios deixam claro que o crime organizado está cada dia mais poderoso, cada dia mais organizado, cada dia mais ousado e, aparentemente, cada dia mais certo de sua impunidade. Uma visão equivocada pode desculpar ou menosprezar esses acontecimentos como sendo briga de bandidos e nessa concepção, os homens de bem passariam incólumes. Ledo engano. Quando a voz das armas substitui a voz da lei, quando os violentos se sentem à vontade para resolverem suas pendengas matando-se uns aos outros, isso significa dizer que um mínimo que seja de controle está sendo perdido pela parte sã da comunidade. A banalização do crime sem solução, da máxima do olho por olho significa dizer que o controle da situação está passando para os bandidos. A esta questão, as autoridades alagoanas estão chamadas a responder. E a sociedade precisa de respostas objetivas, claras. A cidadania exige respostas contundentes.