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segunda-feira, 17/03/2025 | Ano | Nº 5924
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Controle social

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| Roberto Bastos Costa * Nós sempre que falamos de controle social nos referimos a legislação vigente, fiscais, auditores, instituições públicas responsáveis por fiscalizações como se tudo isso viesse do espaço sideral, de algum outro planeta ou de um lugar distante. Talvez um mundo de conto de fadas. A legislação, as instituições com seus membros e mecanismos têm uma responsabilidade muito grande sobre resultado de relatórios, peças técnicas e outros documentos e ações que orientem e denunciem desvios, os desperdícios de dinheiro público, a corrupção. Onde estamos nesse contexto? Os cientistas sociais usam um termo interessante para mostrar o compromisso dos cidadãos e cidadãs com a coisa pública, a sociedade de uma forma geral - capital social. Dizem ainda que, ao contrário do capital (tecnologia, máquinas e equipamentos) quanto mais velho melhor. É só ver o exemplo da Europa ocidental e dos Estados Unidos. Isso significa que só conseguiremos um estágio avançado, sólido, maduro, de comprometimento da sociedade e de verdadeiro controle social quando tivermos alto nível de educação e conscientização. Não podemos e não devemos simplesmente transferir para qualquer outra esfera um papel que é nosso como cidadão e cidadã. As nossas experiências nos têm ensinado que transferir, infelizmente, não tem sido um grande negócio. Insistindo com o termo: infelizmente, a democracia representativa se revela um fracasso. Os que são oposição fazem denúncias que, na maioria das vezes se revestem de puro oportunismo político não importando o caos que isso possa causar. Ao assumirem o poder, cometem os mesmos erros, quando não são omissos. Os que deixaram de ser passam a fazer uma oposição como se nunca tivessem sido e, na maioria dos casos, com um discurso que beira o cinismo, o ridículo. A exclusão continua nas mais diversas formas: política, econômica e social. A participação dá lugar ao isolamento social, ao egoísmo. Cada um por si, e Deus por todos. Os resultados não precisamos enumerá-los. Nessa confusão, bons e grandes projetos, homens públicos honestos - que não são peças raras como se imagina - perdem-se nesse emaranhado. É uma pena! Nós não temos saída, a democracia tem de ser, acima de tudo, participativa. O verdadeiro controle social tem de vir da sociedade. A sociedade somos todos nós os incluídos e os excluídos, os cidadãos e cidadãs, homens públicos, artistas e “artistas”, benfeitores, malfeitores, vítimas... (*) É membro do Instituto Silvio Vianna.

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