Já é tempo de a maioria da população do País, que necessita de assistência médica e depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS), ter assegurado um direito estabelecido na Constituição Federal: o acesso a um sistema de saúde de qualidade. Apesar da nossa Carta Magna assegurar saúde para todos, permanecem os sofrimentos, até óbitos, de pessoas de todas as idades, notadamente as mais carentes, devido ao péssimo atendimento púbico de saúde. Têm sido constantes e cada vez mais vergonhosos os fatos denunciados e repercutidos pela imprensa. Cenas angustiantes, algumas se encerrando em mortes nas portas de hospitais e nas filas de postos de saúde. Pacientes lutam dias e meses para conseguirem o encaminhamento para internação e até para um simples exame. E as principais vítimas dessa situação de caos sempre foram e continuam sendo crianças e idosos O contribuinte brasileiro está entre os que pagam os mais elevados impostos em todo o mundo. Não mais deveríamos estar testemunhando os resultados de nossos esforços e obrigações mal utilizados – como os recursos destinados à manutenção do SUS, que além de serem insuficientes, ainda são empregados em atividades para as quais não foram designados legalmente. A melhoria efetiva do atendimento na rede pública de saúde acontecerá a partir do momento em que for atendida a necessidade básica de adequada destinação de recursos. Que sejam garantidos atendimentos nos serviços públicos ou conveniados ao SUS desde o menor e mais isolado município do interior do País. Que seja evitado o uso eleitoreiro dessa realidade. Nada mais cidadão que a cobrança firme, decidida, da correta utilização dos recursos amealhados. Que o sistema público de saúde possa receber, e corretamente utilizar, o dinheiro que de nós é retirado para tal fim.