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Nº 5821
Opinião

O dia seguinte

| Milton Henio * Com o título acima assisti há alguns anos a um filme que muito me impressionou. O cenário é o da cidade de Laurence, Kansas, U.S.A., onde vivia uma população ordeira e tranqüila, indiferente às ameaças de uma guerra atômica. E a explosão

Por | Edição do dia 11/12/2005 - Matéria atualizada em 11/12/2005 às 00h00

| Milton Henio * Com o título acima assisti há alguns anos a um filme que muito me impressionou. O cenário é o da cidade de Laurence, Kansas, U.S.A., onde vivia uma população ordeira e tranqüila, indiferente às ameaças de uma guerra atômica. E a explosão um dia aconteceu. O dia seguinte amanheceu com um quadro entristecedor: corpos mutilados, queimados, mortos e muitos traumatizados. Sofrimento espalhado por toda a cidade. O filme mostra como ficaram as vidas daquelas pessoas que sobreviveram ao ataque nuclear; como aquela comunidade se transformou. Em seu final, o filme traz uma mensagem de advertência para todos nós: como você, eu e qualquer pessoa muda sua vida no dia seguinte, de acordo com os atos maus, praticados contra alguém ou a sua comunidade. E faz a pergunta: qual o motivo que faz o homem enveredar pelos caminhos da maldade, provocando sofrimentos, choros, desajustes e pesadelos imensos em muitas famílias? Vejam agora, o que aconteceu, há poucos dias, na cidade do Rio de Janeiro, quando um ônibus foi queimado cheio de passageiros, levando ao desespero e a morte muitos deles. Como não devem ter ficado as famílias dos que morreram ou foram queimados?! O comportamento desses seres humanos sociopatas tem sido estudado minuciosamente nas universidades do mundo inteiro, e concluem que independente das motivações de infância ou tormentos da juventude, a droga existe em 90% dos casos. Estamos em meados de dezembro de 2005. O progresso material tem sido notável, principalmente na área das comunicações e aparelhos médicos. O que preocupa a humanidade e nós brasileiros é o volume assustador desses psicopatas que andam pelas ruas, causando toda sorte de tragédias e angustias às pessoas inocentes. Só na cidade de São Paulo acredita-se que existam mais de 500 mil perambulando pelas ruas. Vamos esperar que as autoridades constituídas, os governos estaduais, a justiça e a sociedade dêem as mãos à procura de soluções imediatas para que esse quadro de violência existente atualmente, não se transforme em uma guerra de ódios. Dostoieveski dizia: “O segredo da existência humana consiste não apenas em viver, mas também construir um motivo para viver”. Estamos próximos do Natal. Vamos pedir ao Menino da Manjedoura que proteja os alagoanos dessa onda de psicopatas que começam a perturbar a nossa vida e que o dia seguinte de cada um de nós seja de plena paz por muitos anos. (*) É médico ([email protected]).

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