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Nº 5822
Opinião

Tesouros nas ruas - Editorial

Valorizar o patrimônio histórico e cultural é uma característica das sociedades mais evoluídas. O acervo arquitetônico, há séculos, é um dos fatores de orgulho de cidades da Europa e da Ásia (só para citar dois continentes repletos de antigas civilizações

Por | Edição do dia 13/12/2005 - Matéria atualizada em 13/12/2005 às 00h00

Valorizar o patrimônio histórico e cultural é uma característica das sociedades mais evoluídas. O acervo arquitetônico, há séculos, é um dos fatores de orgulho de cidades da Europa e da Ásia (só para citar dois continentes repletos de antigas civilizações) e há muitas décadas esse orgulho tem se transformado em importante fonte de emprego e renda, funcionando como pólo de atração turística. Antes dessa compreensão se consolidar nas antigas civilizações, monumentos vieram abaixo. Basta lembrar que das sete maravilhas do mundo antigo, apenas as pirâmides sobreviveram até hoje. Do alvorecer do mundo moderno, pouca coisa sobrou, e até a França permitiu a demolição da Bastilha, fortaleza-prisão cuja tomada representou o fim do mundo medieval. Imaginem o quanto mais Paris estaria faturando se aquele monumento (que nada deveria ter de bonito) tivesse sobrevivido enquanto edificação. Nesse caso, os franceses pisaram na bola. Os exemplos dos prejuízos do passado deveriam nos orientar, alagoanos, a não pisar tanto na bola no presente. Quantos monumentos não perdemos? Até nossa provinciana bastilha perdemos quando a Cadeia Velha – imponente em seu prédio e em sua localização – foi demolida nos anos 70; sem falar na destruição do suntuoso Hotel Bela Vista, primeira manifestação concreta do reconhecimento da importância do turismo para Maceió. Sobraram alguns imóveis na capital muito importantes para uma devida valorização de nossa história e igualmente importantes para a viabilização de projetos revitalizadores de áreas inteiras de nossa cidade. A reportagem da Gazeta, publicada no domingo, deve servir para reavivar a memória e o espírito empreendedor do alagoano. Temos ainda bastante patrimônio a revigorar, a valorizar e a transformar em fonte de beleza, de cultura, de emprego e renda.

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