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Nº 5759
Opinião

Apressar o passo - Editorial

O Norte e Nordeste, que continuam entre as regiões detentoras dos piores indicadores sociais do País, finalmente aparecem destacados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) como as que mais registraram avanços no Índice de Desenvolvimento In

Por | Edição do dia 15/12/2005 - Matéria atualizada em 15/12/2005 às 00h00

O Norte e Nordeste, que continuam entre as regiões detentoras dos piores indicadores sociais do País, finalmente aparecem destacados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) como as que mais registraram avanços no Índice de Desenvolvimento Infantil (IDI) em 5 anos, a contar de 1999. Pelos relatórios “Situação Mundial da Infância” e “Situação da Infância Brasileira 2006”, de 1999 até agora, o IDI (quanto mais perto de 1, melhores as condições de vida das crianças), subiu de 0,61 para 0,67 no País, e seis estados – Acre, Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará e Piauí – deixaram de ter IDI baixo e passaram ao patamar considerado médio. Ao tempo que mostra no País “importantes avanços no cuidado com crianças de até seis anos”, destacando Norte/Nordeste, o Unicef elogia o Brasil pelo “crescente interesse em formas de fazer com que crianças se envolvam na destinação de orçamentos públicos”. Alagoas, infelizmente, ainda está na linha de “baixo IDI”, mas – felizmente – temos conseguido melhorar muito nossa posição nesse ranking, esforço que é reconhecido na avaliação do Unicef sobre os resultados da pesquisa. O reconhecimento do Unicef a esse esforço alagoano deve nos inspirar – aos poderes públicos e as entidades não governamentais – a investirem ainda mais, a perseverarem nesse caminho, de forma que a próxima pesquisa apresente nosso Estado fora dessa execrável posição de “baixo IDI”. Proporcionar condições para um saudável desenvolvimento da infância é uma tarefa básica para qualquer sociedade. Por mais primitiva que seja, cada comunidade sabe que seu futuro está nas crianças. Pelos resultados do estudo do Unicef, nosso futuro não se anuncia ainda dos mais alvissareiros, mas como a própria pesquisa reconhece, estamos no caminho certo para resolver esse problema – só que devemos acelerar o passo sem mais delongas.

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