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Nº 5759
Opinião

Outros exemplos - Editorial

Principal pilar do governo Lula, a ortodoxa política econômica-financeira segue inalterada como linha inflexível de conduta (desde os tempos de FHC, não nos esqueçamos disso!). Mesmo bamboleando sob o impacto de variadas denúncias acerca dos tempos de alc

Por | Edição do dia 16/12/2005 - Matéria atualizada em 16/12/2005 às 00h00

Principal pilar do governo Lula, a ortodoxa política econômica-financeira segue inalterada como linha inflexível de conduta (desde os tempos de FHC, não nos esqueçamos disso!). Mesmo bamboleando sob o impacto de variadas denúncias acerca dos tempos de alcaide em Ribeirão Preto, o ministro Palocci continua firme e (aparentemente) muito tranqüilo em seu posto, executando rigorosamente todas as orientações emanadas do Banco Central, por sua vez pilotado pelas normas implacáveis do FMI e demais credores. Não há nenhum exemplo, aí por esse mundão de meu Deus, que possa indicar outro caminho? O diabo é que há exemplos claros de outras opções de sucesso. Um rápido passar de olhos na revista The Economist revelará uma tabela, atualizada a todo novo exemplar, na qual os dados sobre a maioria dos países do mundo mostram a perfeita harmonia entre juro baixo e inflação baixa. Está aí a verdadeira rima rica. Outro exemplo: nosso vizinho e eterno rival, a Argentina – que ousou dar uma peitada no FMI e congêneres e está tentando buscar um caminho mais ou menos próprio para enfrentar seus problemas – está registrando um crescimento do PIB de 9,5% (neste trimestre) em relação ao mesmo período do ano passado. A expansão do Produto Interno Bruto argentino neste período citado surpreendeu meio mundo e levanta mais suspeitas sobre o furor pagador do governo brasileiro. Eleições batem à nossa porta e pouco se tem discutido acerca da política econômica. Os esforços se concentram nas maracutaias dos mensalões da vida – ocorrências merecedoras de muitos esforços e atenções, mas que não podem fazer-nos esquecer a questão central: os rumos da política econômica e as lições que devem ser tiradas dessa trajetória que já se estende por uma dúzia de anos. Que terão a dizer sobre isso os candidatos ao Palácio do Planalto?

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