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Nº 5759
Opinião

Fraternidade

Vou falar sobre fraternidade, e lembro Lamartine quando afirmou que só o egoísmo e o ódio têm uma pátria; a fraternidade não a tem. Isso vem bem a propósito do que presenciamos recentemente na calamidade de Santa Catarina. Nessa hora todos somos irmãos e

Por | Edição do dia 24/12/2008 - Matéria atualizada em 24/12/2008 às 00h00

Vou falar sobre fraternidade, e lembro Lamartine quando afirmou que só o egoísmo e o ódio têm uma pátria; a fraternidade não a tem. Isso vem bem a propósito do que presenciamos recentemente na calamidade de Santa Catarina. Nessa hora todos somos irmãos e diante da movimentação dos brasileiros em ajudar as vítimas daquela tragédia, vemos que nem tudo está perdido nesse mundo tão cheio de surpresas, sejam elas boas ou más. Mas se estou lembrando aqui a fraternidade não é apenas pela proximidade do período natalino. Fraternidade, sendo um dos mais belos, deve ser um sentimento de todos os dias e já nos livros sagrados está escrito, com muita ênfase, que todos somos filhos do mesmo pai. Nem todos, porém, observam esse preceito, negando um mínimo gesto de caridade para com os necessitados, os esfomeados, os desvalidos que ainda são tantos nesse imenso e injusto País. Desejo, no entanto, neste momento, agradecer aos amigos – conhecidos e desconhecidos – os que vivem mais próximos e os que entram em contato por cartas ou até pela internet, ou em encontros casuais me abraçam emocionados pelas palavras de amor ou indignação que ainda consigo transmitir através desse espaço que a Gazeta me tem cedido com tanta amizade e cortesia. Bom também é lembrar e agradecer aos amigos mais próximos, os companheiros da Academia Alagoana de letras e do Instituto Histórico, os “afilhados” da ATA que me adotaram como madrinha após a morte de Linda Mascarenhas, assim como o incansável Rogers Ayres e o seu Grupo Transart. Fincado está em meu coração o belo gesto de Maria Emília Clark, ao homenagear-me em um balé, e que através das palavras de Enaura Quixabeira, Solange Chalita e Edilma Acioly, tanto me enalteceram em texto para o programa daquele espetáculo de cores e belezas. Foi um gesto de pura fraternidade que não esquecerei jamais. Por fim, registro aqui minha gratidão a Deus, pelo que me tem ofertado nessa minha caminhada e sobretudo por ter me concedido mais alguns anos de vida, após eu ter estado, por duas vezes, nos últimos dez anos, prestes a deixar esse mundo por complicações de saúde. Que Ele nos abençoe nesse ano que em breve iremos vivenciar, revigorando em todos esse sentimento tão belo que é a fraternidade. (*) É escritora.

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