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Nº 5759
Opinião

Fome e desnutri��o - Editorial

Há cerca de três anos, os participantes de um encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional, realizado em São Paulo, já observavam que a gravidade dos problemas alimentares e nutricionais no Brasil torna imperiosa a formulação de uma p

Por | Edição do dia 24/12/2005 - Matéria atualizada em 24/12/2005 às 00h00

Há cerca de três anos, os participantes de um encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional, realizado em São Paulo, já observavam que a gravidade dos problemas alimentares e nutricionais no Brasil torna imperiosa a formulação de uma política nacional de segurança alimentar e nutricional. Dentre esses problemas destacam-se os flagelos da fome e da desnutrição, e por mais contraditório que possa parecer, também causa preocupações a obesidade. Na encontro, citado foi defendida a implantação plena e efetiva do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), como instrumento para garantia do direito à informação sobre a situação alimentar e estado nutricional pelos cidadãos, dando-lhes a condição para desenvolver o autocuidado e a “cidadania alimentar”. Mas, só agora surge a notícia de que se acha na Câmara o projeto de criação desse organismo, no qual está prevista a execução de ações pelos governos federal, estaduais e municipais e sociedade civil. O projeto, se aprovado, receberá o nome de Lei Orgânica da Segurança Alimentar e Nutricional (Losan), e o governo espera, com ele, garantir a todos os brasileiros o direito à alimentação de boa qualidade e em quantidade suficiente, como determina a Constituição. Almejam também transformar os programas relacionados à nutrição humana e combate à fome em políticas de caráter permanente, evitando que as trocas de governo provoquem descontinuidade administrativa. Tomara que essas novas intenções sejam concretizadas de acordo com o sonhado por seus idealizadores, atendendo assim as expectativas da nação. Principalmente, da parcela da população brasileira considerada miserável, em situação de “vulnerabilidade à fome”, estimada em 44 milhões de pessoas ou quase 28% do total de brasileiros.

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