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Nº 5759
Opinião

Aterro sanit�rio - Editorial

Um salutar debate está ocorrendo acerca da localização e instalação do aterro sanitário da capital alagoana. O tema é indiscutivelmente pertinente, até porque os efeitos negativos do velho “lixão” de Maceió castigam a população de nossa cidade há muitos a

Por | Edição do dia 20/01/2006 - Matéria atualizada em 20/01/2006 às 00h00

Um salutar debate está ocorrendo acerca da localização e instalação do aterro sanitário da capital alagoana. O tema é indiscutivelmente pertinente, até porque os efeitos negativos do velho “lixão” de Maceió castigam a população de nossa cidade há muitos anos. Todo debate é sempre bem-vindo, mas a compreensão sobre o positivo do processo de discussão deve evitar a instauração de um processo interminável – neste caso, o positivo converte-se em seu contrário. A polêmica deve ser encerrada com propostas objetivas e definição de prazos de execução. Isto será a confirmação de que não se jogou conversa no lixo. Um primeiro aspecto que precisa ficar claro para todos é que um aterro sanitário é diferente de um lixão. Neste, o lixo é simplesmente empilhado sem nenhum tipo de tratamento; naquele, em primeiro lugar, o solo deve receber tratamento especial de impermeabilização (evitando contaminação do lençol freático); em segundo lugar, os resíduos igualmente são alvo de tratamentos, inclusive com o fechamento diário, visando evitar o escapamento aberto dos gases gerados pela decomposição dos materiais orgânicos. Num aterro sanitário, são tomadas precauções técnicas, científicas, para evitar problemas típicos dos “lixões”. Naturalmente, o debate sobre a instalação de um aterro sanitário não pode cair na armadilha da pergunta “quem quer o aterro sanitário perto de sua casa?”, pois não existirá “sim”, até pelo preconceito e ignorância. A escolha da área deve ser respaldada pelos critérios técnicos, pelo esclarecimento das dúvidas da população, e, principalmente, desta decisão, devem ser afastadas pressões econômicas de grupos descontentes. Nesse processo todo, a única coisa que não deve acontecer é a protelação da definição do local e a instalação do novo aterro sanitário, pois isso significa uma nociva sobrevida do malfadado lixão de Maceió.

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