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Nº 5759
Opinião

Artesanias - Editorial

Números colhidos ao final da 13ª versão da Artnor (Feira Internacional de Artesanato no Nordeste), promovida pelo Sebrae com o apoio do governo do Estado, comprovaram a pujança do artesanato alagoano e desse nicho de mercado em Alagoas. Segundo os organiz

Por | Edição do dia 24/01/2006 - Matéria atualizada em 24/01/2006 às 00h00

Números colhidos ao final da 13ª versão da Artnor (Feira Internacional de Artesanato no Nordeste), promovida pelo Sebrae com o apoio do governo do Estado, comprovaram a pujança do artesanato alagoano e desse nicho de mercado em Alagoas. Segundo os organizadores, a feira gerou negócios estimados em cerca de seis milhões de reais e as catracas registraram precisamente 92.184 visitantes (cada um deixando R$ 2,00 em dinheiro ou o equivalente em produtos alimentícios na bilheteria). Um resultado auspicioso, indiscutivelmente, digno de não ser apenas comemorado, mas de ser replicado e ampliado. Afinal, não é de hoje que o artesanato alagoano repete sua vocação para o sucesso. O grande desafio para os alagoanos é saber desenvolver e multiplicar esse potencial que apenas começa a ser explorado em nível adequado a sua qualificação. Alagoas tem muito do que se orgulhar por seu alto nível de produção artesanal. Infelizmente, muito tempo foi desperdiçado desde que foi reconhecido nacionalmente o valor das obras produzidas por rendeiras, bordadeiras, escultores, ceramistas, artífices do couro, do ferro, da pedra, da palha, etc. Durante longo tempo, estilos originalmente produzidos em Alagoas foram copiados noutras plagas e muitos artesãos e artesãs morreram sem receber o reconhecimento merecido por seu talento. Quem se lembra de Mestre Rufino e suas “quartinhas” antropormóficas? Mas, segundo a filosofia popular, de nada adianta chorar sobre o leite derramado. Temos, sim, que aprender com o passado e olhar para frente. À frente estão as oportunidades de crescimento, conforme indica e comprova o sucesso da Artnor. À frente estão também vários obstáculos (afinal o artesanato alagoano não ganhou uma loteria, apenas comprovou competência). É indispensável uma série de políticas a executar com persistência, principalmente no dia-a-dia, entre uma Artnor e outra.

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