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Nº 5905
Opinião

Mil�o

| Lysette Lyra * Venho de Roma. Como a Varig só sai para o Brasil de Milão, tive que tomar um avião para esta cidade. Mas não estou aborrecida. Gosto bastante deste centro urbano. Estive aqui outras vezes e, passar oito dias num só lugar, me agrada muito

Por | Edição do dia 02/02/2006 - Matéria atualizada em 02/02/2006 às 00h00

| Lysette Lyra * Venho de Roma. Como a Varig só sai para o Brasil de Milão, tive que tomar um avião para esta cidade. Mas não estou aborrecida. Gosto bastante deste centro urbano. Estive aqui outras vezes e, passar oito dias num só lugar, me agrada muito mais. Apesar do trecho em ônibus ter sido muito cansativo e corrido, diverti-me bastante. Estou no Hotel Dei Cavalieri, um excelente quatro estrelas, bem no centro da capital lombarda, a uns 200m do Duomo, a famosa catedral. O serviço do hotel é ótimo. Os serviçais me ajudam com a cadeira com boa vontade. Estou feliz, apesar de sozinha. Acostumei-me, desde jovem, a viajar desacompanhada. O importante é ter um pouco de conhecimento de línguas para não se atrapalhar, e não ter medo. Milão é a capital da elegância e do bom gosto. É uma cidade essencialmente industrial. Aqui estão as maiores fábricas de seda da Europa e os mais afamados estilistas da Itália. Além de roupas e acessórios chiques, os objetos de casa são bem modernos e alinhados. As mais célebres grifes são encontradas na rua Monte Napoleon, na Rinascente, ou na sofisticada Galeria Vitório Emanuel. Na primeira rua está o edifício que abriga o Empório Geogio Armani, que vende dos perfumes e roupas, aos utensílios para o lar. É um assombro! Além de tudo isso, as obras de arte estão por todo o lugar, a começar pelo Duomo em estilo gótico flamejante. É precioso, com as esculturas delicadas que lhe ornamentam as fachadas e o interior. Visito-o várias vezes, assim como a Galeria Vitório Emanuel, sempre alegre e freqüentada. Nos seus inúmeros restaurantes, almoço costumeiramente. Numa praça próxima fica o Teatro Scalla, onde somente atuam atores consagrados. Tive que comprar a entrada, antecipadamente, no “guichet” existente na estação do metrô. Só encontrei um ingresso, na última fila. O teatro se encontra totalmente lotado. Não consigo ver nada. Leio a letra da música num pequeno letreiro eletrônico, apresentado em três línguas, colocado no encosto da poltrona à frente. É uma Ópera de Rossini, um pouco monótona. A cadeira, estreita, me aperta. Sinto-me muito mal acomodada. Aprecio o teatro, que é lindo, e saio depois do primeiro ato. Hoje faço um passeio ao Lago de Como. Fica próximo a Milão. É um dia lindo de sol! Vou de táxi. O motorista, amável, me explica tudo o que há de interessante pelo caminho. Chego ao lugar e tomo um “ferry-boat” para dar uma volta pelo lago majestoso. Nas águas azuis e tranqüilas deslizam belos cisnes brancos. Deixo Milão com saudades! (*) É escritora.

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