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Nº 5759
Opinião

Prioridades urbanas - Editorial

Merece elogios a disposição demonstrada pela prefeitura de Maceió em realizar obras com o sentido de melhorar o caótico trânsito da Capital. Há tempos, insistimos neste tema editorial e replicamos esta pauta: além do planejamento urbano, a cidade precisa

Por | Edição do dia 05/02/2006 - Matéria atualizada em 05/02/2006 às 00h00

Merece elogios a disposição demonstrada pela prefeitura de Maceió em realizar obras com o sentido de melhorar o caótico trânsito da Capital. Há tempos, insistimos neste tema editorial e replicamos esta pauta: além do planejamento urbano, a cidade precisa de intervenções urgentes, emergenciais, em seu sistema viário e na racionalização do uso do solo. Confirmando o alertado anteriormente, artérias como a Avenida Gustavo Paiva foram vítimas de um verdadeiro antiplanejamento. Para continuar neste mesmo exemplo, lembramos que para a Avenida Gustavo Paiva estão prometidas obras ampliadoras difíceis de serem compreendidas pela lógica formal, pois a velha “estrada das Mangabeiras” quedou-se cercada por imensos imóveis que funcionam como pólos de atração de massa, conservando as mesmas dimensões herdadas de sua última reformulação, realizada há mais de 40 anos, ainda no governo do Major Luiz. Não será nada fácil encontrar soluções para aquela artéria nas atuais condições. Mas, tentar será preciso. E as autoridades municipais não devem se esquecer do risco crescente sofrido por ciclistas e pedestres em toda a Maceió, urbe onde inexistem ciclovias e (para não falar das precariedades das faixas de pedestres) as calçadas são verdadeiras pistas de obstáculos para os caminhantes. As obras anunciadas (e em curso) devem considerar também os riscos aos quais são submetidos ciclistas e pedestres. Quais as faixas para bicicletas nas novas pistas de rolamento? E por que antes de falarmos em custosos elevados não estudamos a restauração das faixas para pedestres e a conservação das calçadas? Que o poder público siga com a disposição obreira. E que isso não se restrinja aos veículos, mas que se expanda até o crescente universo dos ciclistas e dos pedestres, afinal estes também são viventes (ou sobreviventes) do trânsito.

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