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Nº 5759
Opinião

F� e pol�tica

“Não se discute futebol, política e religião”. Este ditado já foi utilizado inúmeras vezes e expressa a complexidade das temáticas em questão. Por isso, em geral, um assunto concernente a estas áreas é sempre polêmico. A Igreja Católica que está em Alago

Por | Edição do dia 08/08/2010 - Matéria atualizada em 08/08/2010 às 00h00

“Não se discute futebol, política e religião”. Este ditado já foi utilizado inúmeras vezes e expressa a complexidade das temáticas em questão. Por isso, em geral, um assunto concernente a estas áreas é sempre polêmico. A Igreja Católica que está em Alagoas, por meio de suas dioceses, defende claramente que a religião forma cristãos e estes devem ser bons cidadãos. O arcebispo metropolitano, dom Antônio Muniz, afirmou que “visando à promoção da pessoa humana a Igreja é política e interessa-se pela política. É do nosso mundo e dos valores que nele cultivamos que se prepara o material para a construção do mundo que há de vir, quando Cristo, nossa vida, aparecer”. Esta atitude pode ser vista de forma clara como ato concreto na cartilha sobre as Eleições 2010, já publicada e em consonância com o TRE-AL e a OAB-AL. Esta iniciativa demonstra o interesse da Igreja em investir na educação política. Diga-se de passagem, deveras difícil. Contudo, diante da necessidade de se escolher da melhor forma possível quem irá estar à frente da máquina pública, em seus vários âmbitos, é uma atitude necessária. Aproveito para demonstrar que essa preocupação é antiga. Enquanto muitos qualificam os cristãos de alienados, muitas vezes fora do contexto sociopolítico, poucos sabem que o Projeto Ficha Limpa, por exemplo, foi lançado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). Caso não houvesse a participação da CNBB, o projeto não teria atingido êxito. Aliás, esta não é a primeira vez que acontece, basta recordar os dez anos da Lei 9.840, a primeira de iniciativa popular no País, também com participação decisiva da Conferência dos Bispos. Vale ressaltar também a presença da Comissão de Formação Política da Arquidiocese, bem como o Ministério de Fé e Política da Renovação Carismática Católica. Ambos atuantes em tempos de campanha ou não. Investir em conscientização política é acreditar na mudança de nossa realidade. Em Cristo, somos impregnados de esperança. Diante das descrenças, é importante continuar tentando. A maturidade política é uma das vias. (*) É seminarista e jornalista.

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