Com a descoberta de mais uma fazenda utilizada para a receptação de cargas roubadas, a polícia alagoana marca outro ponto na luta contra o crime organizado. Ainda estamos muito longe de empatar ou virar o jogo (desejo reprimido da sociedade alagoana), mas é um pontinho positivo. A questão é seguir adiante nesse rumo – e acelerando. É necessário estreitar as ligações entre todas as polícias (Militar, Civil, Rodoviária Federal...) e as instâncias do poder Judiciário para que essas iniciativas se multipliquem e se espalhem por todo Estado. Ao longo dos anos, as quadrilhas de assaltantes de estradas atuam como se fossem uma só organização criminosa. Articulada, bem informada, ousada e sobejamente equipada, essa força criminosa certamente é composta de vários grupos, cada qual com seus chefes, suas áreas de atuação, seus informantes e receptadores. Veículos de carga e de passageiros têm sido presas fáceis, vulneráveis à ação dos bandidos em todas as rodovias alagoanas. Essa realidade tem de ser mudada sem mais delongas – o povo alagoano já sofreu prejuízos em demasia graças à desenvoltura do crime organizado. Medidas mais efetivas de controle do trânsito (especialmente à noite), incentivo ao uso de sistemas rastreadores por parte dos veículos de carga e passageiros, investimento na tecnologia e no trabalho de informação – tudo isso faz parte de uma pauta de demandas urgentes para que essa luta possa ter o placar revertido em benefício da lei e das pessoas de bem. Não devemos alimentar ilusões: ainda são de pequena monta os reveses sofridos pelas quadrilhas de assaltantes de estradas, mas como dito no início deste texto, apesar de não serem avanços de grande porte, essas ações bem-sucedidas da polícia são derrotas dos bandidos, são vitórias da sociedade honesta. Sigamos nesse rumo, com mais vigor.