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Nº 5759
Opinião

Corrigir a rota - Editorial

| editorial | Alguns acontecimentos têm o poder de provocar reflexões que extrapolam o fato em si e instigam o raciocínio a ir além do (necessário) aprofundamento das causas e conseqüências do acontecimento em tela, buscando soluções concretas para cor

Por | Edição do dia 24/02/2006 - Matéria atualizada em 24/02/2006 às 00h00

| editorial | Alguns acontecimentos têm o poder de provocar reflexões que extrapolam o fato em si e instigam o raciocínio a ir além do (necessário) aprofundamento das causas e conseqüências do acontecimento em tela, buscando soluções concretas para corrigir erros e evitar danos ao patrimônio democrático. Este é o caso da prisão de um dos mais respeitados advogados alagoanos por conta de divergências e alterações decorrentes do direito, ou da incorreção, do uso de adesivos de supostos candidatos antes do período eleitoral propriamente dito. Causou espécime a prisão do conhecido advogado, seja pelas referências profissionais do detido, seja pelas circunstâncias e motivações do episódio. Em uníssono, a Ordem dos Advogados do Brasil, por meio de sua seccional alagoana e de sua presidência nacional, emitiu uma dura condenação ao ato e discordou radicalmente do entendimento expresso pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas sobre a propaganda eleitoral e medidas para combater essa prática. Não se discute a intenção do TRE em aplicar a lei eleitoral, mas é inegável que algo está errado no encaminhamento da questão. Em editorial de primeira página, hoje, a Gazeta alerta sobre um dos graves problemas decorrentes dessa concepção. O conflito que contrapõe a OAB ao entendimento do TRE alagoano não está limitado a uma discordância sobre a detenção de um ilustre advogado. Tudo indica que estamos diante de um problema de maior monta, um provável erro de concepção, e daí as conseqüências poderão ser desastrosas para todos. “É que há distância entre intenção e gesto”, como diria Chico Buarque. Preservadas as justas motivações da egrégia corte eleitoral alagoana, o momento exige grandeza, humildade e serenidade, para que os rumos sejam corrigidos antes que maiores prejuízos penalizem a cidadania em Alagoas.

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