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Nº 5905
Opinião

Estocolmo, Su�cia

| Rubens Villar * Partimos do Porto de Dover, Inglaterra, em direção ao Mar do Norte. Antes de chegarmos a Oslo, Noruega, fomos avisados que haviam trocado Estocolmo por Talinn, Estônia. O Porto sueco estava em obras. Não havia possibilidade de o navio a

Por | Edição do dia 04/03/2006 - Matéria atualizada em 04/03/2006 às 00h00

| Rubens Villar * Partimos do Porto de Dover, Inglaterra, em direção ao Mar do Norte. Antes de chegarmos a Oslo, Noruega, fomos avisados que haviam trocado Estocolmo por Talinn, Estônia. O Porto sueco estava em obras. Não havia possibilidade de o navio ancorar. Normalmente sou um viajante solitário, sem destino certo. Gosto de desafios. Desta vez em companhia do amigo Ricardo Canuto resolvemos desembarcar e reembarcar de volta ao navio em Helsinque, Finlândia. Percorremos de ônibus da Noruega à Suécia em agradável viagem, pelo companheirismo, pela troca de conhecimentos, e nas paradas para descer ou subir passageiros havia uma alegre recepção aos motoristas. Bebidas e comidas eram oferecidas, como se fossem velhos amigos. Havia uma espontaneidade tocante naquela confraternização. Chegamos a Estocolmo, na minha opinião a terceira cidade mais bela do mundo, depois do Rio de Janeiro e Veneza. Ela tem um perfil diferente. Fundada sobre 14 ilhas interligadas por mais de 50 pontes, na região do imenso Lago Marelan e do Mar Báltico. No verão, dá a aparência de uma cidade dourada pelos reflexos dos raios solares, que batem nas águas dos inúmeros canais e ricocheteiam nos edifícios modernos, nos casarões seculares, e no bairro de Gamla Stan, uma relíquia medieval. Os trens, ônibus e metrô se conectam nas estações com grande eficiência. Estocolmo é a cidade mais rica de toda a Escandinávia, habitada por um povo muito simpático, onde o brasileiro que visita aquele país de certa maneira se identifica por saber que no imponente Palácio Real reside a Rainha Silvia, filha de brasileira. Na Suécia, em 1958, realizou-se a Copa em que a seleção brasileira se sagrou pela primeira vez campeão mundial de futebol, graças a genialidade do Pelé, à época um garoto de 17 anos, ao lado do fenomenal Garrincha, do grande capitão Bellini, Didi, Nilton Santos, Gilmar e tantos outros heróis. Curto muito a tática, a estratégia e a emoção dos grandes clássicos do futebol. Foi uma grande alegria conhecer o Estádio Nacional em Estocolmo, onde se realizou a partida final entre brasileiros e suecos. A Suécia é um país com uma classe média muito forte. A vida é baseada em altos impostos. Mas corretamente há um retorno em educação e saúde, programas de previdência e bem-estar social. (*) É ex-deputado, ex-senador e ex-governador de Roraima.

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