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Nº 5759
Opinião

Publicidade e �tica - Editorial

A publicidade não só é um importante nicho da economia moderna, como é também um espaço de consolidação da cidadania. Em muitos casos, determinadas campanhas publicitárias geraram ondas de debate que extrapolaram os objetivos iniciais previstos e contribu

Por | Edição do dia 11/03/2006 - Matéria atualizada em 11/03/2006 às 00h00

A publicidade não só é um importante nicho da economia moderna, como é também um espaço de consolidação da cidadania. Em muitos casos, determinadas campanhas publicitárias geraram ondas de debate que extrapolaram os objetivos iniciais previstos e contribuíram para o estímulo da busca de novos conhecimentos e ampliação do poder de crítica da população, como no caso das mensagens sobre os preservativos (até a Igreja se viu participando desse debate). A publicidade (destacadamente seu nicho estatal, por meio de mensagens e campanhas dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo) tem dado sua contribuição para o aprofundamento da consciência cidadã no Brasil e, ao mesmo tempo, participa da geração de empregos e renda, pois é crescente a cobrança de mais peças publicitárias para todas as áreas de comunicação. E um dos campos de maior atuação é o que trata da informação governamental. Anúncios de campanhas de utilidade pública (como as de vacinação), a divulgação de obras (auxiliando a cidadania a checar os gastos públicos) e outras tantas demandas têm dado respostas positivas nesses dois campos: na construção da cidadania e na ampliação do mercado de trabalho. São meritórias todas as preocupações da Justiça Eleitoral para com o uso da propaganda governamental como peças de campanha eleitoral, mas a decisão de vetar totalmente a veiculação de publicidade governamental causará sérios prejuízos ao mercado (legal, transparente e ético) e a própria cidadania (como ter acesso a campanhas e informações governamentais importantes nessa quadra de tempo eleitoral?). Seria de bom alvitre o Tribunal Regional Eleitoral estudar outras alternativas para essa questão, preservando o direito do cidadão às informações governamentais ao mesmo tempo em que se coíbe a veiculação irregular de mensagens eleitorais.

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