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Nº 5759
Opinião

Centro social

| Dom José Carlos Melo, CM * Na quinta-feira passada, dia 16 a Arquidiocese teve a alegria de reinaugurar, após uma grande reforma, o Centro Social Dom Adelmo Cavalcante Machado. A cerimônia contou com a ilustre presença de dom Helder Câmara, em 04 de no

Por | Edição do dia 19/03/2006 - Matéria atualizada em 19/03/2006 às 00h00

| Dom José Carlos Melo, CM * Na quinta-feira passada, dia 16 a Arquidiocese teve a alegria de reinaugurar, após uma grande reforma, o Centro Social Dom Adelmo Cavalcante Machado. A cerimônia contou com a ilustre presença de dom Helder Câmara, em 04 de novembro de 1967. Chamava-se Centro Social Rural, sonho e empreendimento pastoral do saudoso dom Adelmo Machado, conhecido e admirado pelo exercício do seu ministério sacerdotal e episcopal na arquidiocese. Preocupado com um trabalho de caráter social, dom Adelmo idealizou um local próprio para servir de apoio no desenvolvimento desse trabalho, tão importante e necessário para a caminhada da Igreja. Seu sucessor, dom Miguel Câmara, fez questão de homenageá-lo, tirando o nome Centro Social Rural e colocando Centro Social Dom Adelmo Cavalcante Machado. Alguns anos depois de sua fundação, o centro social teve a alegria de acolher, para incrementar os trabalhos pastorais, as irmãs missionárias reparadoras, vindas de Portugal. Até hoje nós contamos com essa missão religiosa de constante dedicação e serviço. A elas nossos agradecimentos. Dentro da missão evangelizadora da Igreja, existe uma preocupação sociotransformadora do evangelho na prática cotidiana. Por esse motivo é importante que entendamos o que são as pastorais sociais. Elas são serviços específicos a categorias de pessoas ou situações também específicas da realidade social. Constituem ações voltadas concretamente para os diferentes grupos ou facetas da exclusão social, como, por exemplo, a realidade do campo, da rua, do mundo do trabalho, da mobilidade humana e assim por diante. Nessa dimensão sociotransformadora, a partir da conscientização, da organização e mobilização, abrem-se caminhos alternativos. Mas é preciso chamar a atenção da Igreja e da sociedade para esse quadro de injustiças cada vez mais grave. A pastoral social tem como finalidade concretizar em ações sociais e específicas a solicitude da Igreja diante de situações reais de marginalização. Daí, a Igreja tem o papel de alertar os fiéis para a tarefa de identificar, entre os filhos e filhas de Deus, os rostos mais sofridos, como nos lembra o documento de Puebbla com vistas a dedicar-lhes uma solicitude pastoral própria. A sensibilidade se traduz num coração aberto a todo tipo de sofrimento, seja a cruz individual de cada pessoa humana, seja a cruz coletiva de grupos, setores e categorias inteiras condenadas à exclusão social. (*) É arcebispo metropolitano de Maceió.

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