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Trilogia crist�

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| GILBERTO DE MACEDO * A religião, como se sabe, é um conjunto de sentimentos e crenças que põem a pessoa em união subjetiva com os seres sobrenaturais divinos. É da crença. Distingue-se da magia porque é inconscientemente voltada para a transcendência, enquanto aquela é atribuída de imanência. A partir da noção a respeito da crença em Deus, há várias formas de religião, assunto para estudos especializados, no campo da teologia. No momento interessa o cristianismo por seus princípios de alcance filosófico na teosofia. Aí estão os três princípios, que lhe dão significado: fé, esperança, e caridade. Assim, a fé é a convicção inabalável a respeito da verdade do poder divino. É a atitude de quem acredita sem qualquer dúvida. Não admite meios-termos ou relativismos de circunstâncias, de tempo, nem de lugar. Não há fé pela metade. É inatingível a toda e qualquer objeção. Assim dizia Geibel: “A fé é um arco-íris estendido sobre nós e a terra; uma consolação para todos, embora diferente para cada peregrino, conforme o lugar em que está”. Pois a fé, absoluta, não admite recuos; é determinação nas realizações. Como esclarece Browne: “Crer apenas nas possibilidades não é fé, é simples filosofia.” Assim, é o seu valor essencial na pessoa. A esperança, vinda da fé, é o sentimento consciente de que desejos merecidos hão de se realizar no plano terreno, só que no tempo certo. A esperança rejeita o impossível. É a grande força capaz de conduzir à meta. Assim como já dizia Coelho Neto: “Esperança! Boa palavra feita de brumas efêmeras, que o clarão do ideal enche de íris maravilhosa!”. A vida sem esperança não tem brilho, nem criatividade. É só a monotonia da rotina, no passar do dia, prisioneira do aqui e do agora. E a caridade, palavra sublime, representativa do sentimento grandioso e purificado, como se encontra na frase de Cristo: “Porque tive fome e deste-me de comer, tive sede e deste-me de beber, era estrangeiro e hospitalizaste-me”. É assim, doação inteira, sem perguntar a quem. Ser possuído desses três princípios espirituais é, portanto, a realização completa na vida feita de valores. A perfeição no plano humano. Daí a sabedoria de Tolstoi ao dizer: “Um homem pode ignorar que tem uma religião, como pode ignorar que tem um coração; mas sem religião, e sem coração, um homem não pode viver”. É de importância transcendental a crença no direito humano. Dessa maneira, os três princípios acima citados, são difundidos no seio da humanidade. (*) É médico.

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