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Nº 5899
Opinião

Elei��es

| Dom José Carlos Melo, CM * A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), através de documentos sobre as “Eleições”, nos orienta sabiamente, exortando os cristãos leigos a participarem, com coragem e discernimento, da atividade política “para grav

Por | Edição do dia 01/10/2006 - Matéria atualizada em 01/10/2006 às 00h00

| Dom José Carlos Melo, CM * A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), através de documentos sobre as “Eleições”, nos orienta sabiamente, exortando os cristãos leigos a participarem, com coragem e discernimento, da atividade política “para gravar a lei divina na cidade terrestre”, conforme sua missão e competência própria, sem negligenciar os deveres temporais, pois “seria negligenciar os deveres para com o próximo e para com o próprio Deus”. Trata-se de uma posição diante dos grandes desafios do contexto atual e de algumas das principais questões que deveriam estar presentes no debate político entre eleitores e candidatos. Também são apresentadas algumas propostas de caráter prático e orientações para organizar a participação política do povo. Como Igreja que vive e atua no meio social precisamos dirigir nossa atenção sobre a dimensões ética e política, propondo também critérios fundamentais para o discernimento sobre todo processo eleitoral e para a avaliação dos candidatos; o documento apresentado pela CNBB é uma contribuição para a formação da consciência cívica e ética dos cidadãos que votam e, em especial, daqueles que participam da vida política, “ para que seu operar esteja sempre a serviço da promoção integral da pessoa e do bem comum”. O texto da CNBB não deixa de pedir novamente a todos os cristãos a vigilância atenta e constante contra toda forma de corrupção eleitoral; mas também é marcado pela esperança de que a participação consciente e o interesse dos brasileiros nas questões do bem comum contribuirão para o crescimento e o amadurecimento da vida democrática do Brasil. As eleições de hoje constituem um momento privilegiado para dar uma resposta à situação do País e seus principais problemas. Todo candidato é chamado a assumir responsabilidade política, para se comprometer e enfrentar tais dificuldades. Todo eleitor é convidado a dar uma resposta a estes problemas. O sistema eleitoral brasileiro privilegia alguns grupos político-partidários, não deixando espaços para uma efetiva participação dos cidadãos. Em âmbito internacional, intensificam-se os grandes desafios da humanidade, tais como a fome, o avanço de doenças endêmicas, os grandes abismos que separam ricos e pobres, a destruição do meio ambiente, a intolerância étnica e religiosa e as guerras. No momento, de modo especial, somos chamados a exercer o direito de cidadania. As eleições de hoje fortalecem a esperança de dias melhores para a nossa nação. (*) É Arcebispo Metropolitano de Maceió.

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