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Nº 5790
Opinião

Inseguran�a no ar - Editorial

Infeliz em seu relacionamento com helicópteros, a segurança pública alagoana vê, novamente, se esvair a possibilidade de contar com um equipamento aéreo no combate ao crime. Polemiza-se o desacordo causador da devolução do helicóptero a seu destino de o

Por | Edição do dia 03/11/2006 - Matéria atualizada em 03/11/2006 às 00h00

Infeliz em seu relacionamento com helicópteros, a segurança pública alagoana vê, novamente, se esvair a possibilidade de contar com um equipamento aéreo no combate ao crime. Polemiza-se o desacordo causador da devolução do helicóptero a seu destino de origem. A empresa proprietária diz que a culpa é das autoridades alagoanas e estas devolvem a carapuça para a cabeça do proprietário da aeronave. Depois do primeiro helicóptero mergulhar na lagoa, parece que naufragou o projeto de uso desse instrumento voador na luta contra os bandidos. Mas a hora é de se perguntar: valeria mesmo a pena esse investimento? Desenvoltura aérea é o ponto fraco de nossas forças policiais? Ou estaríamos precisando mesmo de melhorar a capacidade de atuação de nossa polícia em terra? Helicópteros não são baratos. Este mesmo, prestes a levantar vôo e deixar Alagoas para trás, custa a bagatela de R$ 1.700,00 por hora de vôo. Como todo dia, toda hora, tem bandidos a perseguir em Alagoas, é difícil fazer um cálculo de quanto custaria, ao fim e ao cabo de um dia de trabalho, o uso dessa aeronave. Valeria a pena? Não seriam melhor aplicados os R$ 1.700,00 se esse valor aterrissasse nas áreas mais carentes de nossa segurança pública em terra? Como a aeronave não foi utilizada, não há como se realizar um balanço dos resultados, da relação custo/benefício. Infelizmente, nem o helicóptero que mergulhou nem o que vai decolar de vez fizeram algo que justificasse a idéia de os contratar. Quem sabe, a proposta da polícia voadora é mesmo útil como garantem seus defensores. Na verdade, útil mesmo é por os pés no chão e planejar iniciativas práticas e inovadoras, propor investimentos em áreas essenciais, por a polícia nas ruas (equipada para seu trabalho), pagar salários adequados. E, depois disso, voar para projetos mais arrojados.

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