app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5759
Opinião

Metas sob amea�a - Editorial

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a discriminação racial no País coloca em xeque o cumprimento das Metas do Milênio. Segundo os representantes da ONU, o Brasil teria de romper o círculo de discriminação racial com medidas que equiparem as dif

Por | Edição do dia 25/11/2006 - Matéria atualizada em 25/11/2006 às 00h00

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a discriminação racial no País coloca em xeque o cumprimento das Metas do Milênio. Segundo os representantes da ONU, o Brasil teria de romper o círculo de discriminação racial com medidas que equiparem as dificuldades e diferenças que marcam crianças e mulheres, e particularmente as crianças e mulheres negras, em referência aos brancos. Metas do Milênio são objetivos estabelecidos pela ONU, em 2002, buscando levar ao desenvolvimento e ao bem-estar todas as populações dos países que fazem parte dela. Tais metas deveriam ser cumpridas até 2015 (indicando um milênio muito curto). No caso do Brasil, a contabilidade das Nações Unidas registra alguns avanços nos últimos anos, indicando a implementação de ações no sentido de resolver graves problemas. Por esta contabilidade, teria havido uma redução de 65% da diferença entre os gêneros, em relação à renda, saúde, educação e acesso ao poder público, o que situa o Brasil na 67ª posição no ranking de 116 países do Fórum Econômico Mundial, de acordo com uma pesquisa divulgada no início desta semana. Apesar do índice brasileiro superar os dos países do Oriente Médio (55%), segundo o mesmo estudo, os resultados em relação ao tratamento que a economia dá ao sexo feminino deixa a desejar. Aparecemos na 63ª posição por conta das diferenças de renda entre homens e mulheres (desconsiderando a questão “de cor”). Só este último detalhe justifica a necessidade de maiores e urgentes decisões para o combate às diversas formas de desigualdades, de negação dos direitos humanos e a conseqüente conquista da verdadeira democracia no Brasil. Notadamente no que diz respeito à discriminação racial. Até porque as diversas maneiras como são praticadas as discriminações à população negra persistem na lista das mais perversas e resistentes.

Mais matérias
desta edição