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Nº 5759
Opinião

Renova��o de atitudes

| José Medeiros * Somos senhores de nosso próprio destino? Se raciocinarmos assim, os sucessos e fracassos que porventura ocorram ao longo da vida, dependem, exclusivamente, de nossas atitudes e desempenhos, construtivos ou destrutivos. Mas há os que ac

Por | Edição do dia 20/12/2006 - Matéria atualizada em 20/12/2006 às 00h00

| José Medeiros * Somos senhores de nosso próprio destino? Se raciocinarmos assim, os sucessos e fracassos que porventura ocorram ao longo da vida, dependem, exclusivamente, de nossas atitudes e desempenhos, construtivos ou destrutivos. Mas há os que acreditam que a sucessão de fatos e ocorrências nem sempre obedecem totalmente às nossas ações; há, sempre, algo incontrolável, casual, imponderável, que muda rumos previstos. Sorte? Concurso de circunstâncias? A mão divina? Encontro num livro que me foi recentemente presenteado algumas frases que merecem reflexão: “A vida é um contrato de risco. Viver é uma grande aventura. Basta estar vivo para correr riscos, fracassos, frustrações, decepções. Por outro lado, há uma esteira de alegrias, vitórias e acontecimentos que provocam prazer e bem estar”. É fácil conviver com alegrias e triunfos; difícil é extrair coragem dos fracassos e agudas decepções, superar acontecimentos negativos e retornar aos objetivos de vida anteriormente traçados. É necessário levantar-se cada vez que se cai; é preciso sacudir a poeira das sandálias e voltar a sorrir. O que se pode dizer a um amigo que – aos 45 anos – perdeu o emprego a que se dedicou durante toda sua vida útil; já que choque, desilusão, sensação de ter sido injustiçado, inquietação, ansiedade, preocupação, atingiram seu ânimo e abateram sua vontade de viver? Não faltaram apoios e solidariedade, ombro amigo, incentivo. Tocar a vida para frente, era o conselho que recebia; jamais perder a esperança. Sair de uma quase depressão para novos estímulos luminosos de vida, constituem vitória sem par. Contei-lhe a historieta da águia, símbolo de valentia e nobreza. Esta ave chega a viver cerca de 80 anos. Mas, para chegar a essa idade, aos 40 anos, ela tem que tomar uma séria decisão, pois está com as unhas compridas e gastas, e não consegue mais agarrar as presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo curva-se, apontando contra o peito. As asas estão envelhecidas e voar já é bem mais difícil. Por isso, recolhe-se no alto de uma montanha e se isola; espera a renovação do bico, das unhas e penas. Após esse tempo, sai para o famoso vôo da liberdade, da renovação, para viver, então, mais 40 anos. Durante nossas vidas, sempre que for necessário, devemos resguardar-nos, por algum tempo para começarmos um processo de renovação de atitudes. Em conseqüência, novos êxitos advirão. (*) É médico e ex-secretário de Educação e de Saúde.

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