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Nº 5759
Opinião

Exerc�cio de mem�ria

| Vinícius Maia obre * Nada melhor do que vencer a insônia como lembrar fatos e coisas acontecidas durante a nossa vivência. Há poucos dias, mentalmente fiz um autoteste, relacionando todos os governadores de Alagoas e seus respectivos vices a partir da

Por | Edição do dia 16/01/2007 - Matéria atualizada em 16/01/2007 às 00h00

| Vinícius Maia obre * Nada melhor do que vencer a insônia como lembrar fatos e coisas acontecidas durante a nossa vivência. Há poucos dias, mentalmente fiz um autoteste, relacionando todos os governadores de Alagoas e seus respectivos vices a partir da redemocratização do País (1945). Não houve jeito de me lembrar do vice de Geraldo Bulhões e vencido, dormi, mas bem cedo telefonei para Carlos Mendonça desafinado-o a me informar: “Rapaz, não foi o Chipaca!”. Logo ele, meu companheiro de Fernandes Lima, filho do Zé Affonso, que numa típica falha de memória, não me lembrei. Os outros não, a exemplo do primeiro governador após a queda da ditadura Vargas, Silvestre Péricles tendo como vice Adauto Viana. Em seguida Arnon de Mello e Guedes de Miranda, Muniz Falcão e Sizenando Nabuco. Luiz Cavalcante e Teotônio Vilela; Lamenha Filho e Juca Sampaio; Afrânio Lages e José Tavares; Divaldo Suruagy (1) e Antônio Gomes de Barros; Guilherme Palmeira e Theobaldo Barbosa, Divaldo Suruagy (2) e José Tavares; Fernando Collor e Moacir Andrade; Geraldo Bulhões e Francisco Mello, Divaldo Suruagy (3) e Manoel Gomes de Barros; Ronaldo Lessa (1) e Geraldo Sampaio; Ronaldo Lessa (2) e Luis Abílio de Souza, e, finalmente, recém empossados, Teotônio Vilela Filho e José Wanderley. Da lista acima, muitas coincidências interessantes vamos encontrar. Comecemos pelos vices, dois deles faleceram em seus mandatos: Antônio Gomes de Barros e Francisco Mello; José Tavares o foi por dois mandatos distintos; um o pai e outro o filho, casos de Juca Sampaio e Geraldo Sampaio e Antônio Gomes de Barros e Manoel Gomes de Barros; um vice e hoje seu filho governador (Teotônio Vilela e Téo). Outras coincidências podem ser verificadas, a exemplo de parentescos entre si que a política de nossa terra expõe. Nota-se também que em sua grande maioria, eles têm seus sobrenomes ligados às chamadas famílias tradicionais oriundas predominantemente da atividade açucareira e poucos, como Muniz e Divaldo originaram-se de outros estados (Pernambuco e Paraíba). E a vida pública continua a produzir coincidências. Agora são filhos de pais que foram políticos atuando em câmaras legislativas e outros exercendo suas atividades em órgãos de destaque. Nada de anormal, mas temos muito que caminhar para o futuro, a fim de que as classes menos favorecidas tenham também seu lugar ao sol. É papel da universidade a produção de recursos humanos voltados ao nosso desenvolvimento e dias virão que isso possa acontecer. (*) É engenheiro ([email protected]).

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