app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5759
Opinião

Caos carnavalesco - Editorial

Como em todos os carnavais, desde há muito tempo, as cidades litorâneas de Alagoas começam a inchar. Rapidamente, as populações começam a crescer, infladas por ondas de turistas e veranistas. Tal ocorrência, também desde há muitas décadas, é corriqueira

Por | Edição do dia 14/02/2007 - Matéria atualizada em 14/02/2007 às 00h00

Como em todos os carnavais, desde há muito tempo, as cidades litorâneas de Alagoas começam a inchar. Rapidamente, as populações começam a crescer, infladas por ondas de turistas e veranistas. Tal ocorrência, também desde há muitas décadas, é corriqueira. Não pode, portanto, ser considerada fenômeno. Lugar-comum, o inchaço das urbes litorâneas durante feriados prolongados e especialmente durante o carnaval tem de ser considerado no planejamento de todos esses locais. Infelizmente, tal não acontece. E a cada carnaval, sucedem-se os atropelos causados pela insuficiência dos serviços públicos. Falta água, falta luz, falta estradas. Indesculpável, essa crise urbana reproduz-se a cada ano. Antes mesmo do bumbo do Zé Pereira anunciar o início do tríduo momesco, começa o sufoco causado pelo previsível aumento das populações em toda a orla alagoana. Seja ao Norte, seja ao Sul, estabelece-se o caos carnavalesco. A bem da verdade, o aperreio começa no pré-carnaval. Uma semana antes da abertura oficial do reinado de Momo, é estabelecido o império da desorganização nas principais cidades litorâneas. Mas esta não é uma situação cuja recorrência deva ser apenas lamentada. Chega de choro e ranger de dentes frente a feridas abertas como essas. Temos que responder a isso com ações práticas. Cabe uma permanente cobrança de unidade em torno de projetos viáveis e simples, aos poderes públicos (prefeituras e governo do Estado) e à iniciativa privada (trade turístico). Não é nada difícil planejar os efeitos do carnaval e dos feriados prolongados sobre as comunidades litorâneas de Alagoas. Naturalmente, o Estado precisa de obras como a duplicação das pistas ao Norte e ao Sul, ampliação dos serviços de água e esgoto, etc. Mas, antes disso, muita coisa pode ser feita – basta se trabalhar em conjunto e com antecedência.

Mais matérias
desta edição