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Nº 5759
Opinião

F�rum da esperteza - Editorial

Reunidos em Washington (DC), os participantes de um evento intitulado “Fórum de Legisladores sobre Mudanças Climáticas” chegaram a uma série de conclusões sobre a necessidade urgente de redução das emissões de carbono. Numa primeira leitura, tal anúncio

Por | Edição do dia 18/02/2007 - Matéria atualizada em 18/02/2007 às 00h00

Reunidos em Washington (DC), os participantes de um evento intitulado “Fórum de Legisladores sobre Mudanças Climáticas” chegaram a uma série de conclusões sobre a necessidade urgente de redução das emissões de carbono. Numa primeira leitura, tal anúncio reveste-se de tons alvissareiros, afinal são os Estados Unidos os principais opositores de medidas de redução de emissão de CO2 e nem querem ouvir falar do Protocolo de Kyoto, principal documento global que trata deste problema e recomenda aos países mais ricos mais investimentos em meio ambiente e menos produção de dióxido de carbono. Leitura mais atenta, porém, nos textos divulgados pela mídia internacional sobre esse encontro na capital americana revela entrelinhas preocupantes nas declarações emanadas deste “Fórum de Legisladores sobre Mudanças Climáticas”. Em primeiro lugar, chama a atenção não se ter nenhuma referência ao Protocolo de Kyoto. Como se tratar de emissão de carbono sem falar na única referência sobre isso? Afinal, Kyoto continua sendo a estrela solitária desta pendenga. Silêncio comprometedor. Lendo um pouco mais dos textos divulgados pelos que se reuniram em Washington (há três dias atrás), pode-se perceber uma casca de banana. Diz o fórum que “os países em desenvolvimento têm de observar metas de redução de emissão de carbono tanto quanto os países ricos”. É certo que ricos e pobres têm obrigações para com o meio ambiente. Tanto uns quanto outros têm responsabilidades, mas é indiscutível que os países mais ricos, os mais industrializados, são os grandes vilões desta história. Aqui não vale igualitarismo, e cada um deve ser cobrado de acordo com sua responsabilidade. As superpotências não podem eximir-se de suas responsabilidades nem partilhar “fraternalmente” suas culpas com os mais pobres.

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