Dotado de conhecimento excelso, o combativo jornalista-advogado Antônio Saturnino de Mendonça Neto nasceu no Rio Novo - Minas Gerais, no dia 10 de março de 1945. Fez seu curso primário no Rio de Janeiro, onde estudou nos grupos escolares México e Júlio de Castilhos, bem como no Colégio Anglo Americano. Mudando-se para Maceió, foi aluno dos Colégios: Diocesano (Marista) e Estadual de Alagoas. Voltando à Cidade Maravilhosa, iniciou-se no jornalismo profissional no Diário de Notícias e formou-se em Direito na Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas. Foi repórter e chefe de reportagem da revista “O Cruzeiro” e também repórter da extinta Manchete. Em 1970, assumiu duas cadeiras no curso de Comunicação da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica) e foi eleito membro do Conselho de Ciências Sociais da universidade.

Em 1973, transferiu-se, outra vez, para Maceió, onde fundou e dirigiu o jornal semanário “O Estado de Alagoas”. Conheci Mendonça Neto nas redações do Jornal de Hoje, Jornal de Alagoas e na Gazeta de Alagoas. Fizemos uma boa amizade, recheada de ideias alvissareiras. Sempre elegante no falar e no escrever corretamente o vernáculo herdado de Camões e Bilac. Casou-se com a competente médica Ângela Maria Moreira Canuto. Dessa união nasceram os rebentos Carlos Eduardo e Clarissa. Em 1974, elegeu-se deputado estadual pelo MDB, sendo o mais votado. Em 1978, ainda no partido, foi eleito deputado federal. Vice-líder do partido na Câmara Alta do País, vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça e um dos cem fundadores do PMDB.

Em 1982, fora reeleito deputado estadual, em Alagoas, pelo PMDB. No governo de Collor, fora nomeado Secretário de Planejamento (1987). Criou o Pocon, o IMA (Instituto do Meio Ambiente), revitalizou o Conselho de Informática. Criou o Parque de Pedra Talhada, em Quebrangulo, terra de Graciliano Ramos. Mendonça Neto, foi inegavelmente, parlamentar respeitado pela sua verve.