app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5759
Opinião

Realidades e sonhos .

.

Por Paulino Fernandes de Lima. Defensor público e professor | Edição do dia 02/01/2024 - Matéria atualizada em 02/01/2024 às 04h00

Em todo final de ano, a cena se repete: embora os doze meses tenham sido arduamente vividos, nossos planos, desejos e sonhos têm um lugar certinho, para voltarem à tona. E isso é bom. Sonhar não só é prova de que nos mantemos vivos, mas que ainda temos força para continuar acreditando em dias melhores.

Se para o filósofo alemão, Artur Schopenhauer, nosso instinto de sobrevivência é cego, e mesmo cientes de que teremos um fim, continuamos a buscar a sobrevivência, então que façamos da vida uma trilha a se percorrer, sonhando.

Guardadas as devidas proporções (e desproporções), do Filósofo, conhecido por seu pessimismo, seu pensamento pode ter efeito outro que o sentimento negativo que o acometia, já que ao nos dá a dimensão de nossos limites de existência, nos impulsiona a viver melhor.

Afinal, gastamos tanto dos nossos dias, com coisas vãs, que os momentos mais importantes e de verdadeira alegria parece que só tomam lugar, quando nos damos conta de que mais um ano acabou.

Imagine se nos muníssemos, todos os dias, do sentimento de que a vida pode acabar antes do final do ano, certamente o calendário já não importaria, pois não haveria futuro a se viver. Isso remete à conclusão de que, no fundo, vivemos sempre para o amanhã; não para o presente.

Embora essa reflexão possa sugerir de alguma forma o pensamento do “carpe diem”, o propósito maior aqui é mais de sugerir uma visão mais otimista da vida, permitirmos uma conscientização de que não é preciso se esperar o decurso de um ano inteiro, para fazermos juras e promessas de que o outro será melhor.

Nossa vida não cabe no calendário, nem aos seus ditames se circunscreve. Tanto que é possível vivermos intensa e alegremente até uma fração de horas ou mesmo minutos; mas em contrapartida, suportarmos, tristemente, longo tempo de vida.

Sigo replicando umas dicas de vida, as quais passei a adotar, após atingir os 40 primeiros anos de existência: dispa-se da hipocrisia; despoje se da soberba; anule a ira; mate de inanição a inveja, a mágoa, o rancor; corte e lance fora o preconceito, a preguiça e a ignorância; enterre a vingança; sepulte o medo de ser feliz e a baixa estima.

No lugar disso tudo, ceda lugar para a humildade; para o perdão; ocupe o coração com o verdadeiro amor; sorria sempre; cultive a paz; trabalhe com prazer; leia intensamente; nunca pare de estudar; compartilhe suas alegrias; ensine tudo o que for bom; tenha cuidado com as escolhas, principalmente as que são contra indicadas ao seu coração; não tome decisões sem consultar a Deus; faça caridade e, sobretudo, TENHA FÉ EM DEUS.

Mais matérias
desta edição