Dignidade restaurada .
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Por Editorial | Edição do dia 05/01/2024 - Matéria atualizada em 05/01/2024 às 04h00
O Brasil resgatou, em 2023, 3.151 trabalhadores em condições análogas à escravidão. O número é o maior desde 2009, quando 3.765 pessoas foram resgatadas. O trabalho no campo ainda lidera o número de resgates.
Por trás das estatísticas, restam histórias de abuso nos campos e nas cidades que mostram como o trabalho análogo à escravidão ainda é recorrente no Brasil. Em fábricas improvisadas, em casas de alto padrão, nas plantações, crimes continuam a ser cometidos.
O problema é complexo e tem várias causas, incluindo pobreza, desigualdade social, falta de educação e conscientização, e a impunidade dos empregadores que exploram seus trabalhadores. Um dos desafios para que o resgate de trabalhadores nessa situação continue crescendo é a falta de fiscais.
Para combater o problema é preciso abordar as causas de forma ampla, investindo em educação e conscientização. É necessário também incentivar a criação de cooperativas e associações de trabalhadores, melhorar a fiscalização do trabalho e aplicação de penas mais severas aos empregadores que exploram seus trabalhadores. Trata-se de uma tarefa urgente que exige o envolvimento de todos os setores da sociedade.