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Nº 5797
Opinião

A miss�o santificadora dos ministros de Deus - 3

| Dom Antonio, O. Carm. * Nós nos santificamos com as realidades com as quais lidamos, inclusive enfrentando novos e desafiadores areópagos, como tão bem nos ensinava o saudoso papa João Paulo II em suas catequeses de preparação para a chegada do novo mi

Por | Edição do dia 23/09/2007 - Matéria atualizada em 23/09/2007 às 00h00

| Dom Antonio, O. Carm. * Nós nos santificamos com as realidades com as quais lidamos, inclusive enfrentando novos e desafiadores areópagos, como tão bem nos ensinava o saudoso papa João Paulo II em suas catequeses de preparação para a chegada do novo milênio. Ressoa ainda nos nossos corações as palavras pronunciadas um dia por Jesus: “Avancem para águas mais profundas” (Lc. 5,4). Pedro e os discípulos confiaram na palavra de Cristo e lançaram as redes! É importante que tomemos consciência de que, no seguimento de Cristo, somos convocados a ser verdadeiros homens de Deus e que o nosso esforço cotidiano deve tender à concretização desta verdade em palavras e atos. “Tu ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão. Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna para a qual foste chamado e fizeste uma bela confissão diante de muitas testemunhas” (1Tim. 6,11-12). Somos chamados, pela unção ministerial a ser no mundo um sinal vivo de fé e da realidade de Deus, um sinal de Cristo, sobretudo do seu mistério pascal. Em tudo isto viveremos a audácia da fé, a disposição pastoral e a coragem missionária. Vivemos um modo particular de vida. Através de nossa presença e de nossa palavra, comunicamos um universo de significados para o mundo, sobretudo para aqueles e aquelas que estão diretamente envolvidos em nosso ministério. É necessário manter viva esta consciência de que somos homens de Deus e que isto implica pessoalmente o seguimento incondicional de Cristo e a entrega de nossa existência ao reino de Deus, por isso é inerente ao sacerdote a radicalidade como nota que deve marcar todas as esferas concretas de sua vida e de seu estar no mundo. Sobretudo neste tempo, marcado pela desintegração das pessoas e pela busca de um sentido para a vida, nossa presença ministerial deve ser uma força convocatória, marcada pelo esforço pessoal de construção da própria integridade. Mesmo em meio à secularização do nosso tempo, as pessoas buscam por sinais que comuniquem significado e sentido para a vida. O Ministro Ordenado, pela sua forma específica de vida, apresenta-se como sinal do transcendente, sinal vivo que comunica Deus em palavras e atos. (*) É arcebispo metropolitano de Maceió.

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